Pelo quarto ano seguido, agosto foi embora com chuva abaixo da média histórica em Campinas. O mês também foi mais frio na comparação com o ano passado. De acordo com a meteorologista Ana Ávila, do Cepagri da Unicamp, em agosto choveu 28,1 milímetros, quando a média do período é de 25,2mm. O volume foi maior que o de agosto de 2021, quando foram registrados 15,5mm. Para setembro, a previsão da meteorologista é de chuva abaixo da média e picos de temperaturas máximas que podem chegar a 36°C.
Uma mostra das oscilações que estão por vir ocorrerá já neste final de semana. As máximas para esta sexta-feira (2) e sábado (3) podem superar os 30°C, com tempo firme. No domingo (4), porém, a passagem de uma frente fria fará as temperaturas caírem até 10 graus. Há uma pequena possibilidade de garoa pela manhã no domingo. Apesar da virada do tempo, as mínimas não ficarão muito baixas (em torno de 15°C) e já na segunda-feira (5) os termômetros voltam a subir.
Em setembro, explica Ana, o tempo mais seco deve persistir. “O mês de setembro costumamos ter valores extremos, com máximas de 35 ou 37 graus. Isso ocorre porque estamos nos aproximando do Verão e a radiação solar é mais intensa”, detalha.
Por atravessarmos um ano de La Niña, as previsões indicam uma possibilidade de chuvas abaixo da média histórica para o mês. “Embora tem uma frente fria que vai chegar entre sábado e domingo, são baixas as chances de chuva. A partir do dia 9 de setembro tem um aumento de chances de chuvas com uma outra frente fria que deve trazer um pouco mais de unidade para nossa região”, esclarece.
O Inverno na região se caracteriza este ano pelas chuvas abaixo da média histórica. Em julho, Campinas não registrou chuva significativa, quando o volume esperado para o mês era de 40,4 mm. Foi o julho ais seco desde 2017. Em junho, houve apenas 15,7mm de precipitação, o menor índice desde 2019, segundo o Cepagri.