Após a euforia causada pelas duas vitórias em sequência na semana do aniversário de 121 anos, a Ponte Preta voltou a viver momentos de aflição dentro da gangorra de emoções da Série B. A derrota por 2 a 0 para o Coritiba, que fechou o primeiro turno para as duas equipes, deixa a Macaca sem margem para repetir tantas falhas nos 19 jogos restantes, a começar pelo duelo contra o Brusque, neste domingo (22), no Moisés Lucarelli. Em caso de tropeço, a equipe do técnico Gilson Kleina pode abrir a segunda metade do campeonato da pior forma possível, ou seja, retornando à zona de rebaixamento.
A necessidade de melhorar o desempenho e os resultados levou o clube alvinegro de volta ao mercado. O efeito disso foram as contratações do lateral-esquerdo Marcelo Hermes e do volante Yago Henrique, anunciados nesta semana. “O Marcelo foi contratado para jogar na sua posição de origem, uma necessidade que nós tínhamos, enquanto o Yago é um jogador que, se mostrar aqui o que jogou no ano passado, vai ser um diferencial para a equipe”, afirmou o executivo de futebol da Ponte Preta, Alarcon Pacheco, em entrevista coletiva concedida na última quinta-feira (19).
De acordo com o dirigente, a contratação da dupla representa apenas a primeira parte do novo pacote de reforços do clube: “Esses dois jogadores não fecham o nosso ciclo de contratações. Estaremos definindo mais algumas em breve. Nós temos espaço e prazo para isso”.
“Fizemos uma reengenharia financeira importante com a liberação de alguns atletas, o que proporcionou algumas sobras em termos de recursos para que a gente pudesse reforçar”, explicou Alarcon Pacheco.
“A dificuldade é muito grande, mas sabemos da força da camisa da Ponte e da vitrine que é o clube. Isso tem nos proporcionado oportunidades de trazer atletas com potencial. Eu gostaria de deixar bem claro que foram analisados e aprovados pela comissão técnica, pois é quem mais precisa participar nesse momento para errarmos o mínimo possível. É ter nesses atletas um rendimento satisfatório para nos tirar dessa situação incômoda que vivenciamos no primeiro turno”, almeja Pacheco.
Pendências financeiras
Questionado sobre atrasos salariais, Alarcon Pacheco confirmou que o clube está devendo um salário CLT e direitos de duas imagens, mas garantiu que a diretoria está trabalhando para honrar os compromissos. “Nós realmente temos pendências, assim como a grande maioria dos clubes de futebol brasileiros. A direção, através do nosso presidente, está trabalhando diuturnamente para encontrar soluções e saídas para isso. Não temos um prazo determinado, até para não criar nenhuma expectativa e frustração perante os atletas e funcionários. Eles sabem que o trabalho está sendo árduo para colocar essas questões financeiras em ordem o mais breve possível”, o dirigente pontepretano.
Neste sentido, Alarcon Pacheco espera que a viabilização do acerto dos pagamentos seja um fator positivo para a retomada da equipe no segundo turno. “Que possamos fazer um campeonato mais tranquilo. Quem sabe, do jeito que o campeonato se desenhar, poderemos alcançar objetivos maiores. São 19 finais e cada jogo é uma decisão para nós”, destacou.