Em dez anos, mais que triplicou o número de homens que buscam pela vasectomia como método contraceptivo, segundo dados do Sistema Único de Saúde (SUS). A grande procura também levou a mudanças na legislação. A partir de março de 2023, a idade mínima para realizar esterilização voluntária em homens e mulheres com capacidade civil plena fica reduzida de 25 para 21 anos. O maior esclarecimento com relação ao procedimento é um dos motivos do aumento pela procura, assim como o aperfeiçoamento das técnicas.
O urologista Fabricio Benvenutti aprimorou sua técnica, criando um formato no qual é quase impossível que haja o ligamento natural do duto interrompido pela cirurgia de vasectomia – um dos temores de quem busca informações sobre o procedimento.
“Trabalho com a secção apenas dos dutos deferentes, tripsia de suas pontas, as amarro em lados opostos e ainda interponho entre elas o tecido que envolve os ductos a fim de que não haja como se encontrarem para se religarem novamente”, diz o médico, um dos responsáveis por cirurgias de cálculos renais e vasectomias no Campinas Day Hospital.
A experiência também levou o urologista a optar por realizar os procedimentos com os pacientes sob sedação. “Já testemunhei casos em que o paciente estava acordado e ficou muito constrangido. Isso sem contar a questão do incômodo do paciente, por isso a sedação é indicada”, justifica.
A cirurgia, explica o profissional, dura em média 30 minutos e logo após seu término o paciente é liberado para voltar para casa. O processo de recuperação leva em média uma semana e o êxito do procedimento é comprovado por meio do exame de espermograma.