Os EUA já enfrentam diversos problemas de saúde coletiva – sobretudo em relação a crianças e adolescentes – com a exploração do cânhamo/”hemp”/Cannabis Ruderalis.
De fato, desde a edição da lei que autorizou o plantio do cânhamo/hemp em todo o território americano [Farm Bill – 2018], o crime organizado dele extrai o Delta 8 THC [substância altamente danosa aos cérebros em formação] e o coloca no mercado na forma de balinhas, “jujubas”, gummies”, doces em geral, etc…
É um manifesto equívoco, apesar das melhores intenções, propagandear-se a narcocultura do THC, que vem disfarçada de chazinho da vovó, ração para animais ou fibras para a fabricação de tecidos.
Há, bem a propósito, espécie nativa brasileira [a candiúva/Trema micrantha] com potencial terapêutico, pois também contém canabidiol – o CBD.
Ou seja, em breve futuro, poderemos ter o CBD sem se precisar da maconha.
Mas como a candiúva é barata [abundante na nossa flora] e “não dá barato”, não desperta interesse do narconegócio.
Guilherme Athayde Ribeiro Franco é Promotor de Justiça em Campinas – MPSP