A campanha do candidato à presidência Luís Inácio Lula da Silva estabeleceu o interior de São Paulo como prioridade para o segundo turno das eleições. E o petista estará em Campinas neste sábado (8) para colocar em prática o plano de conseguir mais votos no estado. Ao lado do ex-governador Geraldo Alckmin, da Coligação Brasil da Esperança, e do ex-prefeito Fernando Haddad, candidato ao governo do estado, Lula participa de uma caminhada em Campinas neste sábado, a partir das 10h.
A concentração será no Largo do Pará e a caminhada seguirá até o Largo do Rosário. Ao contrário do primeiro turno, desta vez Lula incluiu Campinas no circuito do corpo a corpo em que aposta para vencer as eleições. A última vez que o ex-presidente esteve na cidade foi antes da campanha, em 5 de maio, na condição de pré-candidato, para evento realizado na Unicamp. Na ocasião também cumpriu agenda em Sumaré.
A programação do PT e aliados contempla campanha conjunta de Lula e Haddad no estado. Na sexta-feira (7) eles estiveram em Guarulhos. Na quinta-feira, a cidade escolhida foi São Bernardo do Campo, reduto petista. Neste domingo (9), o candidato à presidência e seu vice estarão em Belo Horizonte, uma vez que angariar votos na região Sudeste é outra prioridade para as eleições do próximo dia 30.
No primeiro turno, a Região Metropolitana de Campinas foi predominantemente favorável ao presidente Jair Bolsonaro, que venceu em todas as 20 cidades. Em Campinas, o petista ficou com 39,78% dos votos, contra 49,07% de Bolsonaro.
Apoio
Na sexta-feira (7), Lula e Alckmin se encontraram com a ex-candidata à presidência do MDB e senadora, Simone Tebet, em São Paulo. Tebet ficou em terceiro lugar na votação e na última quarta-feira anunciou seu apoio ao petista.
“Fica aqui o compromisso não apenas do meu voto, mas o meu total apoio a sua campanha e ao seu governo”, afirmou Tebet. “O Brasil que eu quero só pode ser construído por Lula e Alckmin”, acrescentou.
Tema polêmico
Também na sexta-feira, Lula voltou a falar de tema polêmico e reiterou ser contra o aborto. “Essa é uma resposta que eu já dei. Eu sou contra o aborto. Sou contra o aborto, sou pai de cinco filhos, avô de oito netos, bisavô de uma bisneta”.
Lula lembrou que há uma lei dizendo como é que pode acontecer ou não o aborto e destacou que, decisões sobre o aborto e de outras pautas de costume não são do presidente da República, mas do Legislativo, composto por deputados e senadores, na esfera federal.
“Não é papel do presidente da República, isso é um papel do poder legislativo e, sobretudo, é um papel que cabe muito a gente entender que a mulher tem supremacia sobre seu corpo”, afirmou.
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