O número de pessoas no Reino Unido infectadas com a variante Ômicron do novo coronavírus aumentou 3.000% numa semana, de 11 para 336. O ministro da Saúde britânico reconheceu haver casos sem origem em viagens do estrangeiro. “Podemos concluir que existe agora transmissão na comunidade em várias regiões de Inglaterra”, afirmou Sajid Javid numa intervenção no Parlamento britânico para atualizar os deputados sobre a situação.
O ministro adiantou que uma “análise recente da Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido sugere que o intervalo entre a infeção e infecciosidade pode ser mais curto para a variante Ômicron”, ou seja, o período de incubação é menor.
Porém, acrescentou, ainda não existem dados concretos sobre se causa sintomas mais graves, nem se contorna a proteção dada pelas vacinas.
Javid relatou que 52 países já confirmaram casos da nova variante, e afirmou que pelo menos 21 dos casos identificados pelas autoridades britânicas tiveram origem na Nigéria, razão pela qual aquele país africano entrou para a “lista vermelha” de viagens internacionais.
O Governo britânico identificou 11 países de maior risco, incluindo África do Sul, Angola e Moçambique, dos quais proibiu a entrada de pessoas, a não ser britânicos e residentes no Reino Unido, que terão de cumprir quarentena num hotel designado e às suas custas.
Javid reconheceu que algumas pessoas estão tendo dificuldades em regressar ao Reino Unido por falta de disponibilidade de quartos, e prometeu duplicar a capacidade esta semana.
A partir desta terça-feira (7) passam também a ser novamente exigidos testes pré-embarque nas viagens para o país.
O Reino Unido registou 51.459 casos de covid-19 e 41 mortes nas últimas 24 horas, somando 145.646 óbitos desde o início da pandemia. Cerca de 81% da população está vacinada com duas doses da vacina e 35,8% com uma terceira dose.