A comissão que investiga o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos emitiu nesta sexta-feira (21) uma intimação ao ex-presidente norte-americano Donald Trump, dizendo que o republicano “orquestrou” um plano para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020.
“Reconhecemos que uma intimação a um ex-presidente é uma ação significativa e histórica”, escreveram o presidente da comissão, Bennie Thompson, e a vice-presidente, Liz Cheney, na carta dirigida a Trump.
O painel de nove membros emitiu uma carta aos advogados do ex-chefe de Estado, exigindo o seu testemunho sob juramento até 14 de novembro.
Nesta sexta-feira, um tribunal federal de Washington condenou Steve Bannon, antigo assessor do ex-presidente Donald Trump, a quatro meses de prisão por se recusar a colaborar com a justiça.
O juiz Carl Nichols também aceitou o pedido do Ministério Público para que Bannon pagasse uma multa – embora tenha reduzido o seu valor – por não aceitar colaborar com a comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio de 6 de janeiro de 2021.
A procuradoria também tinha pedido seis meses de prisão para este ativista de extrema-direita, para além da multa, enquanto os advogados de Bannon pediram que o seu cliente cumprisse a pena em prisão domiciliar.
Nichols notificou os advogados de defesa, antes de tomar a decisão, de que Bannon deveria passar pelo menos um mês atrás das grades.
Em julho passado, Bannon foi considerado culpado por um júri, por se recusar a comparecer perante a comissão do Congresso que investiga o ataque ao Capitólio, bem como por se ter recusado a fornecer alguns documentos.
Além deste caso, Bannon enfrenta um outro processo judicial, em Nova Iorque, por uma alegada fraude numa campanha de angariação de fundos, para ajudar a construir um muro na fronteira com o México.