As classes C e D tiveram queda de 3% no consumo no mês de abril no estado de São Paulo, segundo a pesquisa “Hábitos de Consumo”, levantamento desenvolvido pela Superdigital, fintech do Banco Santander. As maiores quedas foram registradas nos setores de Companhias Aéreas (-21%), Rede Online (-14%), Automóveis e Veículos (-10%) e Hotéis e Motéis (-6%), apontando que o paulista gastou menos com viagens em abril. Contudo, houve avanço nos gastos com Prestadores de Serviços (12%), Lojas de Roupas (9%) e Lojas de Artigos Diversos (5%).
Em todo o Brasil, o consumo das classes C e D recuou 5% em abril, depois de já ter caído em março (-4%) e fevereiro (-28%), conforme o levantamento, que é realizado mensalmente e busca traçar o perfil do consumidor dessas classes sociais no País. Entre as cinco regiões, o Sudeste apresentou queda mensal de 7%, seguido pelo Sul (-6%), Nordeste (-4%), Norte (-2%) e Centro-oeste (-1%).
Segundo Luciana Godoy, CEO da Superdigital no Brasil, a pesquisa mostra que ainda falta confiança no consumidor para voltar a comprar com tranquilidade como aconteceu no final do ano passado. “Vimos em outubro, novembro e dezembro uma boa recuperação do consumo nas Classes C e D, depois de um 2020 muito difícil. Mas, com o avanço da Covid-19 e as suas consequências na economia, principalmente em março e abril, muitas famílias ainda estão inseguras para voltar às compras”, diz a executiva.
O índice de confiança do consumidor, medido pela FGV em abril estava em 72,5 pontos, melhor que em março, mas muito abaixo dos 91,7 pontos medidos em dezembro de 2020.
Em termos setoriais, as maiores quedas registradas em abril no país, na comparação com março, foram em Rede Online (-14%), Companhias Aéreas (-7%), Diversão e Entretenimento (-6%) e Combustível (-4%). Enquanto isso, cresceram os gastos com Lojas de Roupas (10%), Prestadores de Serviços (9%) e Lojas de Artigos Diversos (4%).
“Com os dados de abril, podemos perceber que os gastos com restaurantes pararam de cair, devido à reabertura do comércio. Nossa expectativa é de que a confiança para consumir volte aos poucos, conforme a vacinação alcance um número maior de pessoas e, em decorrência disso, a economia demonstre uma recuperação mais robusta”, explica a executiva. A Superdigital é uma das fintechs do Banco Santander com atuação global. Possui mais de 1,7 milhão de clientes e processa mais de 70 milhões de transações por ano.