Apelos pela urgência de medidas concretas para salvar o planeta da crise do clima acompanham o cair do pano nas negociações da 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, COP26, em Glasgow, na Escócia.
Nesta sexta-feira (12), a data oficial do encerramento, o secretário-geral integrou pessoalmente a reta final das negociações. Antes, António Guterres chamou a atenção sobre o evento procurar manter a meta de limitar a elevação da temperatura global a 1,5 ° C.
Participantes da COP26 penduraram promessas e petições aos líderes mundiais na forma de folhas de cores diferentes na Conferência do Clima em Glasgow, EscóciaUnfccc/Kiara Worth.
A representante especial da ONU para a Redução de Risco de Desastres pediu que a ação internacional se traduza numa alta em investimentos para prever e informar sobre as ameaças. Mami Mizutori diz que os líderes globais têm de se comprometer com “adaptação liderada por ações locais” por ser “crucial para as cidades e comunidades” vivendo nesses níveis.
Já a Agência da ONU para Refugiados, Acnur, apelou aos Estados implementar acordos sobre o alvo de 1,5 ° C que garanta a neutralidade de carbono até meados do século. Sem isso, “milhões de refugiados, deslocados e apátridas serão severamente afetados”.
Os esforços para mitigar as emissões, aumentar o financiamento e o apoio à adaptação devem passar de palavras a ações em favor de deslocados e apátridas. Sem isso, “milhões de refugiados, deslocados e apátridas serão severamente afetados”.
O Acnur vê essas medidas como “essenciais para proteger comunidades vulneráveis e evitar consequências arrasadoras para milhões de refugiados, deslocados e apátridas”.
Falta de ação
O Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, realça efeitos combinados da mudança do clima e as consequências da falta de ação. Uma petição online feita aos líderes globais #DearWorldLeaders conclama à ousadia e urgência.
A Organização Meteorológica Mundial, OMM, afirma que decisões na COP26 determinarão o futuro do planeta.
Inger Andersen, chefe do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), disse que a terra tem sido fragmentada e transformada de tal modo que a natureza vem sendo pressionada. Andersen voltou a pedir atenção às crises simultâneas da mudança climática e da perda de biodiversidade. Ela diz que “ainda há tempo para tomar medidas em favor do clima agindo de imediato”.
Para o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, OMS, como o coronavírus ataca todas as partes do corpo, a crise do clima afeta todas as células. Tedros Ghebreyesus aponta riscos que vão desde a exaustão pelo calor e insolação, até asma e doenças pulmonares e, em última instância, a morte.