Uma criança de 10 anos está entre três vítimas fatais da dengue confirmadas nesta quarta-feira (17) pela Secretaria de Saúde de Campinas. As outras mortes são de um homem de 43 anos e de uma idosa de 84. Todos contraíram o sorotipo 2 da dengue. Com isso, o total de óbitos no município chega a 11 em 2024.
Campinas atravessa a segunda pior epidemia de dengue da história. De 1 de janeiro até esta quarta, foram confirmados 55.176 casos e 11 mortes. No ano passado, foram três mortes e 10.898 casos.
O recorde de ocorrência pertence ao ano de 2015, com 65,6 mil infectados e 15 mortes.
De acordo com a secretaria, a menina de 10 anos, moradora da área de abrangência do CS Fernanda, apresentava comorbidades. Foi atendida na rede pública e saúde e apresentou sintomas em 1º de abril. O óbito ocorreu em 5 de abril. Foi confirmada infecção pelo sorotipo 2.
O homem de 43 anos apresentou sintomas em 13 de março e o óbito ocorreu em 17 de março. Não possuía doença pré-existente e também recebeu atendimento na rede pública, na área de abrangência do CS Pedro Aquino. A infecção foi pelo sorotipo 2.
A idosa de 84 anos, atendida na rede privada de saúde, tinha comorbidades. Ela apresentou sintomas em 7 de março e o óbito ocorreu em 12 de março.
Orientações sobre assistência e alerta para idosos
A pessoa que tiver febre deve procurar um centro de saúde imediatamente para diagnóstico clínico. Portanto, a Saúde faz um apelo para que a população não banalize os sintomas e também não realize automedicação, o que pode comprometer a avaliação médica, tratamento e recuperação.
Já quem estiver com suspeita de dengue ou doença confirmada e apresentar sinais de tontura, dor abdominal muito forte, vômitos repetidos, suor frio ou sangramentos deve buscar o quanto antes por auxílio em pronto-socorro ou em UPA.
A médica Elda Motta reforçou a importância da hidratação e da avaliação médica, principalmente para idosos, gestantes, crianças e pessoas que tenham comorbidades.
“A dengue é uma doença que faz a pessoa desidratar mesmo quando não tem perdas aparentes, como vômito e diarreia, por isso, a pessoa precisa se hidratar, beber soro de reidratação oral e água para evitar complicações e procurar por atendimento médico para orientações. É importante que o paciente passe por avaliação clínica, tenha a pressão arterial medida e siga as recomendações recebidas. Lembrar que o volume de líquido que deve beber é grande, por volta de 60 ml por quilo de peso, e que alguns sinais de desidratação não são valorizados como apatia, irritabilidade, perda de apetite e perda de vontade de ingerir líquidos”, explicou.