O Guarani criou oportunidades, parou no goleiro Mota e não saiu do empate por 0 a 0 diante do Sampaio Corrêa, na noite da última terça-feira (20), no Brinco de Ouro da Princesa, pela 12ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. Depois da partida, o técnico Daniel Paulista reconheceu as dificuldades do Bugre de romper a defesa adversária e valorizou o ponto conquistado em casa.
“Dificulta muito você enfrentar uma equipe que joga em 30 ou 40 metros de um campo. Fica somente próximo a sua grande área e isso limita o espaço para o desenvolvimento das jogadas. Eu acho que faltou um pouco de inspiração para todos nós que participamos ativamente da partida. Talvez, chamar um pouquinho da responsabilidade no último terço do campo, mas faz parte do processo. Em um jogo como este, onde o adversário dificultou, a gente ainda tentou e conseguiu criar algumas oportunidades”, pontuou o treinador.
“Infelizmente, nas oportunidades em que tivemos, a gente acabou não tendo o jeito certo de finalizar. Pecamos nesse aspecto e pagamos caro por isso no sentido de não ter conseguido fazer um gol para poder vencer a partida, já que o adversário, ofensivamente, pouco nos prejudicou”, disse o técnico.
“A gente conseguiu, sempre quando o adversário tinha posse, roubar logo a bola em uma marcação sempre alta e em uma reação rápida dos nossos atletas. Isso é um ponto positivo que a equipe teve de não deixar o adversário progredir quando recuperava a bola. Rapidamente a gente já tinha novamente a ação do jogo”, explicou.
“Isso foi um ponto extremamente importante para que a gente continuasse sempre atacando, mas é lógico que a gente não conseguiu achar a bola perfeita para poder, talvez, ter saído daqui com a vitória. É mais um jogo importante sem tomar gol. Eu acho que isso é um outro ponto que a gente vai solidificando com o desenvolvimento do trabalho e com o desenvolvimento da competição. É lembrar que a competição é muito difícil e muito competitiva. O adversário também não é à toa que está brigando na parte de cima da tabela”, completou.
Diante das dificuldades que o Guarani encontrou para balançar a rede, Daniel enalteceu o estilo de jogo e a luta da equipe para conquistar os três pontos. Ele também ressaltou que o mais importante no momento é encontrar alternativas para saber jogar contra times que entram fechados em campo.
“A gente tem que criar alternativas de enfrentar esse tipo de equipe. É uma equipe que tem uma maneira consolidada de jogar. É lógico que a gente também precisa de um pouco mais de criatividade e de inspiração para que as coisas aconteçam. A gente trabalhou para vencer e tentamos vencer. A equipe lutou, a equipe correu, a equipe foi determinada, jogou com uma postura ofensiva e tentando gol a todo momento, mas enfrentou do outro lado uma equipe que defensivamente se portou muito bem e dificultou os nossos caminhos”, afirmou o técnico.
Desgaste
O empate diante do Sampaio Corrêa foi o quinto jogo do Guarani em um intervalo de 20 dias no mês de julho. Neste período, a equipe viajou para Londrina e Aracaju, além de ter atuado em três oportunidades no Brinco de Ouro da Princesa, contando o jogo de ontem. Questionado sobre a maratona de jogo, Daniel minimizou e afirmou que não consegue determinar se o desgaste físico foi decisivo para a queda de rendimento no confronto com a Bolívia Querida.
“A questão de desgaste e do cansaço eu acho que todas as equipes vêm enfrentando esse dificultador do momento da competição e da sequência de jogos, mas a gente não tem como definir se isso foi o determinante para que não conseguisse ter um pouco mais de criatividade ali no setor ofensivo e criar mais oportunidades. Acho que a equipe se portou bem e fez o jogo que de costume se faz”, finalizou.
Na terceira posição na tabela de classificação da Série B com 23 pontos conquistados, o Guarani volta a campo no próximo sábado (24), quando encara o Vasco, 9º colocado, às 21h, em São Januário, no Rio de Janeiro, pela 14ª rodada da competição.