A sessão ordinária da última quarta-feira (17) na Câmara de Campinas – no dia da devassa no Legislativo em caso de investigação por corrupção passiva – foi conduzida pela primeira vice-presidente da Casa, Débora Palermo (PSC). E ela deve seguir à frente dos trabalhos na próxima sessão, marcada para segunda-feira.
A vereadora substitui o presidente José Carlos Silva (PSB), o Zé Carlos, alvo da Operação Lambuja, coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação apura denúncias de que Zé Carlos lideraria um suposto esquema de cobrança de propina junto a fornecedores em troca de vantagens.
Varredura apura corrupção contra Zé Carlos, presidente da Câmara
O regimento
Segundo a assessoria da Câmara, não existe uma medida que obrigue Zé Carlos a se afastar de suas funções durante o curso das investigações. Mesmo assim, o presidente está ausente da Casa desde esta quarta-feira, quando a operação foi deflagrada com a varredura do Gaeco em seu gabinete e na Central de Contratos, onde ficam os documentos referentes às licitações.
A Câmara ficou fechada na quarta pela manhã em função da ação do Gaeco, mas os vereadores trabalharam normalmente à tarde e à noite.
Dentro da Câmara, acredita-se que Zé Carlos esteja sendo orientado a permanecer afastado até a “poeira abaixar”. Sua defesa é conduzida pelo advogado Ralph Tórtima Filho.
Não há informações de que a varredura do Gaeco tenha atingido outros gabinetes. As investigações, a princípio, se concentram no presidente da Casa e em seu advogado comissionado, Rafael Creato, que também estaria envolvido no esquema.
CEI e tensão: as horas seguintes à Operação Lambuja na Câmara de Campinas