Se a vitória no Dérbi 199 parecia ter servido como ponto de virada, a derrota por 3 a 0 para o Palmeiras reacendeu velhos problemas da Ponte Preta. Mais do que o elástico resultado negativo, a preocupação recai sobre a postura da equipe, que não conseguir competir durante os 90 minutos e se mostrou bastante frágil, tanto na parte técnica quanto psicológica.
“Nos grandes jogos contra adversários de muita qualidade, a gente tem que estar mais focado porque eles dificilmente perdem gols”, disse Fabinho Moreno.
“A gente vinha fazendo uma boa partida até tomar o gol. Descemos para o intervalo com mais posse de bola e o mesmo número de finalização que o nosso adversário, mas o fato de sofrer gol no último lance do primeiro tempo, praticamente no primeiro chute do Palmeiras, e depois no primeiro lance do segundo tempo derrubou a nossa equipe animicamente. Nos grandes jogos contra adversários de muita qualidade, a gente tem que estar mais focado porque eles dificilmente perdem gols. Também não podemos nos abater porque isso fatalmente vai ocorrer outras vezes”, analisou o técnico Fabinho Moreno, em entrevista coletiva concedida no último domingo (9), logo após a partida.
Além de atuações distintas em cada etapa, o treinador lamentou a queda de produção de um jogo para outro. “Não se pode fazer uma grande partida e, dois dias depois, cair tanto. Precisamos ter uma resiliência maior e uma performance melhor quando tomar o gol. A gente precisa parar com essa oscilação e ter mais estabilidade emocional para diminuir os erros e conseguir maior equilíbrio na competição porque o campeonato de pontos corridos pede isso”, alertou o técnico Fabinho Moreno, já projetando a disputa da Série B.
“Nas dificuldades, é necessário persistir firme e de cabeça erguida para dar a volta por cima”, destacou Moreno.
De olho no Brasileiro, o comandante da Macaca também justificou a escolha pelo zagueiro Rayan, que foi titular tanto no Dérbi contra o Guarani quanto no duelo diante do Palmeiras, mas cometeu grave falha na saída de bola no lance do terceiro gol palmeirense. “Foi opção minha a troca do Luizão pelo Rayan, pois eu queria observá-lo. É interessante que ele tenha sequência porque ficou bastante tempo fora no ano passado por causa de uma fratura no rosto”, lembrou, observando a necessidade de possuir jogadores aptos porque o campeonato é longo e a sequência é dura. “A gente precisa manter um nível alto, independentemente de quem esteja dentro de campo. O Rayan é um jogador de muita qualidade. Isso ficou latente por conta de um erro individual, mas é um jogador muito experiente e consciente, então continuou na partida, se recuperou e continuou fazendo o trabalho dele sem se abalar”, destacou Moreno.