Em processo de reformulação dentro e fora das quatro linhas, a Ponte Preta anunciou a saída do coordenador técnico Fabinho Moreno, em comum acordo, por meio de nota oficial divulgada pelo clube na tarde desta quinta-feira (9).
Desta forma, o profissional de 39 anos encerra a sua quinta passagem pela Macaca, onde trabalhou pela primeira vez em 2003, como observador técnico. Ele também desempenhou esta mesma função no clube alvinegro em outras três ocasiões: 2006, 2007 a 2012 e 2016.
Entre 2011 e 2012, Fabinho Moreno integrou a comissão técnica de Gilson Kleina, que comandou a equipe na campanha do acesso à Série A e depois alcançou as semifinais do Campeonato Paulista, logo em sua primeira passagem pela Ponte Preta.
Fabinho Moreno é filho de Roberto Moreno, que trabalhou como observador técnico da Ponte Preta em 2003, quando Abel Braga era o treinador da Macaca. Com a morte de Roberto, em agosto de 2012, Abel convidou Fabinho Moreno para substituir o pai no Fluminense. Ele aceitou e terminou o ano como campeão brasileiro.
Em 2016, Fabinho Moreno trabalhou ao lado de Eduardo Baptista na melhor campanha da Ponte Preta em toda a era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro. Ainda naquele ano, também como observador técnico, função na qual é apontado como um dos melhores do país, Moreno integrou a comissão técnica da Seleção Brasileira nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que terminou com medalha de ouro inédita para os anfitriões.
Em setembro de 2019, Fabinho Moreno retornou à Ponte Preta e chegou a assumir o comando técnico da equipe em dezembro do ano passado, após a demissão do técnico Marcelo Oliveira. Com um início de bons resultados na Série B, Moreno foi efetivado e virou o ano como treinador, terminando muito próximo de conquistar o acesso. No entanto, menos de cinco meses depois, ele retornou à função de coordenador técnico após mau desempenho no último Campeonato Paulista.
Ao todo, Fabinho Moreno comandou a Ponte Preta em 27 jogos, sendo 10 deles na Série B, 15 no Paulistão e dois na Copa do Brasil. Ele obteve 10 vitórias, entre elas um triunfo por 3 a 1 sobre o Guarani no Dérbi 199, mas os seis empates e as 11 derrotas foram determinantes para que o clube decidisse entregar o bastão ao técnico Gilson Kleina, que salvou a equipe do rebaixamento à Série C.
“A Ponte Preta, para mim, é mais do que um clube, é meu time de coração e minha família. Trabalhar aqui sempre é uma honra e agradeço a todos que acreditaram em mim e apoiaram meu trabalho. Dei e sempre darei meu melhor pela Macaca quando precisarem de mim. Muito obrigado a todos”, agradeceu Fabinho Moreno.
Quase exatamente um ano após ser efetivado como treinador da equipe, Fabinho Moreno deixa o cargo de coordenador técnico da Ponte Preta em meio à transição de gestão do presidente Sebastião Arcanjo, o Tiãozinho, para a do novo presidente eleito Marco Antonio Eberlin, que assume oficialmente em janeiro de 2022.
“O Fábio fez um excelente trabalho, em especial na integração entre o futebol profissional e as categorias de base. O que vimos em campo na vitória contra o Coritiba, com seis atletas formados na base em campo, é resultado direto do trabalho dele. Além disso, deixa como legado um padrão que conseguimos implementar no futebol”, destaca Tiãozinho.
“O Fábio é um ótimo profissional e uma pessoa por quem tenho um grande carinho. Neste momento, até em virtude da reformulação que estamos fazendo por questões financeiras, não contaremos com os préstimos dele, mas as portas da Ponte Preta estarão sempre abertas no futuro”, afirmou Marco Eberlin.