Manifestantes interromperam nesta quinta-feira (6) o tráfego no principal aeroporto de Paris e protestos acontecem em outras cidades francesas contra a reforma da Previdência imposta pelo governo do presidente francês, Emmanuel Macron.
No aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, cerca de 100 manifestantes bloquearam esta manhã uma estrada que leva ao Terminal 1 e entraram no edifício do terminal, segundo a administração do aeroporto.
A fonte referiu que os voos não foram afetados, mas os passageiros que estavam com as suas bagagens tiveram de abrir caminho entre os manifestantes com bandeiras.
Um representante da CGT no aeroporto, Loris Foreman, disse ao canal BFM-TV que os manifestantes queriam “mostrar ao mundo e à Europa” que não querem trabalhar até os 64 anos.
Os atos fazem parte da 11ª jornada de manifestações e greves em todo o país, convocada pelos sindicatos e associações, em protesto contra o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos.
Em Paris, na quarta-feira, ratos mortos foram lançados contra o edifício da autarquia.
Natacha Pommet, líder do ramo de serviços públicos do sindicato CGT, disse que os caçadores de ratos de Paris queriam “mostrar a dura realidade da sua missão”. Para a sindicalista, os protestos contra as reformas nas pensões de Macron está a transformar-se num movimento mais amplo de trabalhadores, que estão a expressar as suas reclamações sobre salários e outras questões.
As 10 jornadas anteriores de greves e protestos em todo o país, que estão a acontecer desde janeiro, não conseguiram fazer Macron mudar o rumo da sua política de reforma e não há sinal que esta vá fazer o governo recuar nas medidas já tomadas.
Na quarta-feira, as negociações entre os líderes sindicais e a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, terminaram rapidamente e sem nenhum avanço, preparando o terreno para os manifestantes voltarem às ruas da França.
Agência LusaNews