A Reitoria da Unicamp condena a ocupação do Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica (IMECC) por parte dos estudantes e exige a liberação imediata do prédio. O comunicado foi divulgado nesta quinta-feira (12) em nota nas redes sociais e no site da Universidade.
A greve dos estudantes já dura mais de uma semana e ganhou força depois de um aluno ser agredido e ameaçado com uma faca por um professor do IMECC. De acordo com os manifestantes, 91% dos institutos estão paralisados, com exceção dos cursos de medicina, engenharia civil e odontologia.
Na nota, a reitoria afirma que“o processo de negociação com o comando de greve teve uma primeira reunião em 9 de outubro. Nela, destaca a reitoria, foi proposto um novo encontro no dia 11. “Sem a concordância dos estudantes, a reunião foi marcada para o dia 18 de outubro”.
Diz ainda que a reitoria “está disposta a discutir os itens da pauta de reivindicações, assumindo o compromisso de construção de um cronograma de ações, condicionado à desocupação do prédio do IMECC”.
O comunicado ainda ressalta sobre a “importância de se manter a serenidade nas relações entre todos os membros da comunidade universitária”.
O Diretório Central dos Estudantes (DCE) ainda não se manifestou sobre a nota divulgada pela reitoria.
Agressão
No último dia 3, durante manifestações de estudantes e funcionários no Campus de Barão Geraldo contra medidas do governo do estado, o professor Rafael de Freitas Leão foi acusado de agredir e ameaçar com faca e spray de pimenta um estudante.
O caso foi parar na polícia e um Boletim de Ocorrência foi registrado no 1° Distrito Policial.
Um vídeo mostra Leão atracado no chão com um estudante.
O professor, que alega legítima defesa, foi afastado temporariamente por 180 dias de suas atividades acadêmicas e a Unicamp abriu um processo administrativo para avaliação da conduta do docente.