A imprensa internacional acompanha de perto os atos de 7 de setembro no Brasil. O medo da violência e a popularidade arranhada do presidente Jair Bolsonaro estão presentes nos artigos dos principais veículos, como o britânico The Guardian e a revista alemã Der Spigel. Durante as manifestações pelo país, e também em Campinas, diversos grupos de apoiadores do presidente se preocuparam em exibir faixas bilíngues.
O The Guardian informou que o “combalido líder brasileiro está em uma aparente tentativa de projetar força no pior momento de sua presidência”. O jornal britânico diz ainda que Bolsonaro enfrenta a queda nos índices de popularidade, resultado de escândalos de corrupção envolvendo aliados e parentes e pela forma como ele lidou com a pandemia.
“No Brasil, feriado nacional e manifestações de alto risco” é o título exibido pelo jornal francês Le Monde, para quem o resultado dos atos a favor e contra o governo desta terça-feira (7) é “totalmente imprevisível”.
“Bolsonaro está sob pressão um ano antes da eleição presidencial, devido aos números extremamente baixos das pesquisas e à economia em declínio”, diz a revista alemã Der Spiegel, que deu destaque à invasão da Esplanada dos Ministérios pelos apoiadores do governo. O jornal argentino La Nacion aponta que a motivação de Bolsonaro seria atingir Luiz Inácio Lula da Silva, seu potencial rival nas eleições de 2022. Para o Tagesschau, principal telejornal da Alemanha, a preocupação com distúrbios é grande. O jornal francês Les Echos, especializado em economia, afirmou que “Bolsonaro mobiliza a rua contra o poder Judiciário”.