O Japão vai impor a realização de testes de Covid-19 a passageiros provenientes da China continental, anunciou nesta terça-feira (27) o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida.
A medida entrará em vigor a partir de sexta-feira (30). Os visitantes provenientes da China serão assim os únicos no Japão a terem de fazer automaticamente um teste da Covid-19, além de qualquer viajante que apresente sintomas à chegada ao território japonês.
Há “informações que as infeções estão se espalhando rapidamente” na China, disse Kishida aos jornalistas. E “é difícil estabelecer com precisão a situação [na China] por causa das diferenças significativas entre as autoridades centrais e locais, bem como entre o Governo e o setor privado”, disse o primeiro-ministro japonês.
“Isso está provocando uma preocupação crescente no Japão”, sublinhou.
A China anunciou na segunda-feira (26) o fim das quarentenas obrigatórias à chegada ao seu território a partir de 08 de janeiro, último vestígio das medidas drásticas contra a pandemia de Covid-19 que vigoravam desde 2020.
Entretanto, o encerramento gradual da estratégia da “Covid zero” na China, desde o início de dezembro, foi acompanhado por um aumento preocupante de infeções no país.
As autoridades chinesas até pararam de publicar dados diários sobre a situação da saúde desde o domingo. Os números oficiais foram cada vez mais criticados, pois a subestimação dos casos de infeção e mortes tornou-se flagrante.
Se testarem positivo na chegada ao Japão, os viajantes da China estarão sujeitos a uma quarentena de sete dias em instalações designadas. O número de voos da China continental para o Japão também será limitado, disse Kishida.
O Japão reabriu totalmente a visitantes estrangeiros desde o início de outubro, após dois anos e meio quase com as suas fronteiras devido à pandemia de Covid-19.
Em novembro, 934.500 visitantes estrangeiros chegaram ao Japão, cerca de 40% do nível de novembro de 2019, antes da pandemia. Em 2019, os visitantes da China continental representaram 30,1% do total de visitantes estrangeiros no Japão.
(Agência Lusa)