Pelo menos 122 pessoas morreram vítimas dos incêndios florestais no Chile, anunciaram as autoridades num novo balanço, acrescentando que os bombeiros continuam a combater cerca de 40 incêndios ativos.
“Temos de dizer, com a informação recebida dos serviços forenses, que há pelo menos 122 pessoas mortas, 32 corpos identificados”, disse o porta-voz do Ministério do Interior chileno, Manuel Monsalve.
As autoridades chilenas salientarem que esta é a maior emergência natural desde o terremoto de 2010, que provocou 525 mortos e milhares de feridos no sul do país.
Na sequência dos incêndios, o presidente chileno impôs o estado de exceção para “ter todos os meios necessários”. As autoridades mobilizaram 19 helicópteros e mais de 450 bombeiros para combater as chamas.
A onda de calor, resultante do fenômeno climático El Niño, atinge atualmente o sul da América Latina, em pleno verão, provocando incêndios florestais, agravados pelo aquecimento global. A onda de calor ameaça Argentina, Paraguai e Brasil nos próximos dias.
A União Europeia (UE), através do Alto-representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, já ofereceu ajuda ao Chile para o combate aos incêndios.
“O Chile enfrenta mais uma vez incêndios devastadores com inúmeras mortes. Transmito o meu apoio e solidariedade ao governo e ao povo chileno, a UE está pronta para colaborar e fornecer ajuda nestes tempos difíceis”, afirmou Borrell, numa mensagem publicada na rede social X (antigo Twitter).
(Agência Lusa)