A busca por uma sociedade mais justa e igualitária, com menos pobreza, tem motivado o trabalho da Central Única das Favelas (Cufa) ao longo dos seus mais de 20 anos de existência. Reconhecida nacional e internacionalmente, a organização social tece sua base na atuação colaborativa entre moradores de favelas e jovens voluntários por meio de ações e projetos de educação, esportes, cultura e cidadania.
Durante a pandemia de coronavírus, quando a crise econômica bateu forte principalmente nos lares das famílias mais carentes, a Cufa se destacou pela mobilização permanente em todo o País com objetivo de angariar doações para ajudar a garantir a alimentação dos mais necessitados. Em Campinas e região, o grupo tem desenvolvido também um papel fundamental no amparo à população periférica.
Marcela Reis, coordenadora social da Cufa Campinas, que vive na cidade desde que nasceu, em 1985, observa que o número de pessoas em vulnerabilidade social vem crescendo, impulsionado por problemas diversos como insegurança social, financeira e política.

“Vivo aqui desde que nasci e jamais cogitei a ideia de não morar em Campinas. Campinas para mim é uma cidade com grandes conflitos históricos, mas que se destaca como centro industrial e tecnológico”, diz Marcela, questionada sobre a forma como vê a cidade no aniversário de 248 anos.
Em depoimento ao Hora Campinas, a coordenadora social conta sobre a atuação da Cufa Campinas na região:
Hora Campinas: Como é o trabalho desenvolvido na Cufa Campinas?
Marcela Reis: Ao longo desses últimos 4 anos a Cufa Campinas vem desenvolvendo um papel fundamental na cidade de Campinas e região metropolitana, dialogando diretamente com a população periférica – em sua maioria mulheres chefes de família – que vem crescendo impulsionada por diversos problemas como insegurança social, financeira e política.
Atuamos fortemente sobre questão de segurança alimentar dessas pessoas, levantando e propondo ações afirmativas, mantendo o debate sobre a pauta de políticas públicas no centro da política municipal.
Todos os nossos projetos são voltados à integração entre educação, esporte, lazer e cultura. Nossa missão é criar pontes que sirvam para uma sociedade mais justa e igualitária entre todos!
Como você posiciona Campinas dentro do cenário dos projetos sociais, das atividades voltadas à população em vulnerabilidade social?
Em determinadas localidades alguns projetos são bem executados devido às parcerias entre ONGs e a Prefeitura Municipal, mas infelizmente a prefeitura por si só não dá conta de atender a toda população porque a demanda é gigantesca e a partir da pandemia o cenário tem piorado muito.
Nós da Cufa Campinas constatamos que o número de pessoas em situação de vulnerabilidade aumenta dia após dia.
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