Após duas semanas de competições acirradas e muito empenho dos atletas, chegou ao fim a edição histórica dos Jogos Olímpicos Tóquio 2020, que aconteceu em meio à pandemia da Covid-19. Em um ciclo olímpico repleto de novos recordes, histórias de superação, protagonismo feminino e fortalecimento da diversidade, a Equipe Olímpica de Refugiados fez história mais uma vez.
A delegação de atletas refugiados participou de uma Olimpíada pela primeira vez nos Jogos Olímpicos Rio 2016, com atletas competindo em três modalidades esportivas. Fruto da parceria do Comitê Olímpico Internacional (COI) e da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), cinco anos depois, 29 atletas de 12 modalidades brilharam nas arenas, pistas e piscinas japonesas.
Vindos de 11 países de origem, estes atletas encontraram proteção internacional em 14 países de acolhida espalhados por todo o mundo, dentre estes o Brasil, onde puderam reconstruir suas vidas com dignidade. Para muitos dos atletas que foram forçados a deixar seus países de origem devido a guerras, violações dos direitos humanos e perseguições, o esporte já fazia parte da rotina ainda quando eram crianças. Para outros, surgiu como uma oportunidade de escrever um novo capítulo.
Ao longo de 16 dias de competições, milhões de pessoas torceram pelos atletas refugiados e testemunharam toda a resiliência e determinação que caracterizam também as mais de 82 milhões de pessoas que foram forçadas a se deslocar em todo o mundo.