A ginasta Rebeca Andrade levou a bandeira do Brasil no encerramento da melhor participação do país em Jogos Olímpicos. Na manhã deste domingo (8), Tóquio fechou a Olimpíada da pandemia, a competição de ginásios e estádios vazios e de muitas lições, como sempre ensina o esporte.
Daqui a três anos, Paris recebe novamente a Olimpíada na esperança de que o “normal” prevaleça na organização do evento, mas não nos resultados dos atletas – porque cada conquista é única. As 21 medalhas ganhas pelo Brasil resultaram de esforços anormais, de histórias de vida particulares, de luta e alegrias e de finais nem sempre felizes.
Tóquio desafiou a maior crise de saúde do mundo para realizar a Olimpíada, também em respeito aos atletas que encontraram novas maneiras de treinar para sonhar com pódios. Isaquias, Hebert, Rebeca, Ana Marcela, Ítalo e Rayssa têm muito mais a mostrar do que uma medalha no peito. São pessoas com histórias particulares de vida, com a cara do Brasil.
Com sete ouros, seis pratas e oito bronzes (21 medalhas no total), o Brasil terminou no 12º lugar na classificação geral dos Jogos Olímpicos de Tóquio, melhorando uma posição em relação aos Jogos do Rio 2016, quando garantiu 19 pódios. Deixou para trás países como Suíça, Suécia, Espanha, Noruega, Coreia do Sul, e terminou encostado ao Canadá, Itália e França.
Confira os medalhistas do Brasil
Isaquias Queiroz – ouro na canoagem. Foi a quarta medalha olímpica de sua carreira em cinco provas disputadas, aos 27 anos.
Ítalo Ferreira – ouro no surfe – O surfista de 27 anos é o primeiro campeão olímpico do surfe
Rebeca Andrade – ouro e prata na ginástica artística. Aos 22 anos, fez história com a inédita medalha da equipe feminina e a vitória no salto.
Martine Grael e Kahena Kunze – bicampeãs olímpicas da classe 49er FX da vela. Dupla com DNA vitorioso na vela.
Ana Marcela Cunha – ouro na maratona aquática. Nadadora de 29 anos já eleita seis vezes a melhor do mundo
Hebert Conceição – ouro no boxe. Pugilista deu a volta por cima na final e nocauteou o adversário para ser campeão.
Futebol masculino – Seleção Brasileira volta de Tóquio com o bicampeonato
Rayssa Leal – prata no skate street. A Fadinha do skate subiu ao pódio com apenas 13 anos, a mais jovem medalhista do Brasil.
Bia Ferreira – prata no boxe, modalidade que deu três medalhas ao Brasil
Vôlei feminino – prata. Derrota na final para os EUA foi a única em toda a competição
Kelvin Hoefler – prata no skate street. Foi o primeiro medalhista do Brasil em Tóquio
Pedro Barros – prata no skate park
Beatriz Ferreira – prata no boxe (peso leve)
Daniel Cargnin – bronze no Judô, categoria -66kg
Fernando Scheffer – bronze nos 200m livre da natação
Mayra Aguiar – bronze no judô categoria -78kg. É a terceira medalha olímpica da judoca
Laura Pigossi/Luisa Stefani – dupla do tênis foi bronze
Bruno Fratus – bronze na prova dos 50m livre da natação
Alison dos Santos – bronze no atletismo, prova dos 400m com barreiras
Abner Teixeira – bronze no boxe categoria peso pesado
Thiago Braz – bronze no atletismo, prova de salto com vara