Integrantes do movimento popular que luta pela construção de passagens de fauna realizaram um ato no início da noite da última sexta-feira (22), nas escadarias do Palácio dos Jequitibás, sede da Prefeitura de Campinas, com o objetivo de chamar atenção à causa e pressionar o poder público.
O grupo levou faixas, cruzes, velas e pelúcias para simbolizar os animais silvestres mortos cotidianamente por conta da falta de estruturas que permitem a circulação entre áreas verdes sem riscos de atropelamento e acidentes na pista. A manifestação contou com a participação do veterinário Roberto Stevenson, que resgata e cuida de animais selvagens em Campinas e região.
Esta foi a terceira manifestação organizada pelo coletivo desde a morte de uma onça-parda na Rodovia Zeferino Vaz (SP-332), vítima de atropelamento por um caminhão, na altura do Km 118, em maio deste ano.
O caso da morte da onça provocou revolta de ambientalistas e defensores dos animais, desencadeando a criação do Movimento Popular em Defesa de Passagem de Fauna.
Entre julho e agosto, ocorreram duas manifestações no ponto exato do acidente fatal que vitimou a onça. Curiosamente, o segundo protesto coincidiu com a instalação de uma ponte verde na Estrada da Rhodia, em Barão Geraldo.
Em setembro, outras duas estruturas foram erguidas na Rodovia José Bonifácio Coutinho Nogueira (SP-81), que liga os distritos de Sousas e Joaquim Egídio.
“A Concessionária Rota das Bandeiras reitera que a implantação de uma passagem de fauna está prevista no cronograma e faz parte da obra de implantação de vias marginais na rodovia, com início previsto para o primeiro semestre de 2022, prazo condicionado à emissão da Licença de Instalação pela Cetesb. O projeto contempla passagens seca e úmida para a fauna silvestre, assim como a implantação de estrutura para direcionamento dos animais”, informou a concessionária Rota das Bandeiras, que administra a Rodovia Zeferino Vaz.