Agonizando na Série B, sem vencer há dois meses, com apenas uma vitória nos últimos 11 jogos e só duas em todo o segundo turno, a Ponte Preta passou em branco pela 17ª vez em 33 rodadas ao empatar sem gols com o Ituano, na última segunda-feira (23), no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas. Foi o sétimo resultado de igualdade por esse placar em jogos do time alvinegro na competição.
Apesar do momento de crise que parece não ter fim, o técnico João Brigatti confia na recuperação de sua equipe e acredita na fuga do rebaixamento, mas não esconde que a luta será repleta de dificuldades até a última batalha. A Macaca é a 16ª colocada, com 35 pontos, apenas dois à frente da Chapecoense, primeiro time dentro da degola.
“A situação requer cuidado, mas é procurar olhar para a frente. O que peço é o apoio da torcida para trabalhar em paz. Serão partidas difíceis e nós vamos sofrer, mas não vamos para a Série C. A equipe é aguerrida e vai conseguir. É a união do time para tirar a Ponte dessa situação que me dá confiança que vamos conseguir superar”, afirmou Brigatti, em entrevista coletiva concedida após o tropeço dentro de casa diante do Ituano.
Dona do pior ataque da Série B de forma isolada, com apenas 20 gols marcados em 33 jogos, a Ponte Preta completou quatro jogos sem marcar dentro do Majestoso. O último gol anotado diante da torcida foi na última vitória da equipe na Série B: 1 a 0 sobre o Londrina, no dia 25 de agosto, portanto há exatamente dois meses.
“Faltaram detalhes e também um pouco de qualidade, mas aí o time não estaria nessa posição. A gente tem que ver o contexto, o campeonato todo. A Ponte é o pior ataque desde o início. Estamos, aos poucos, dentro do trabalho da semana, tentando aprimorar essa situação. “Estamos trabalhando muito para encontrar um time”, disse Brigatti, que possui dois empates e uma derrota em três jogos no comando da Macaca.
Por outro lado, o comandante pontepretano enalteceu a atuação do setor defensivo da equipe, que teve o retorno do zagueiro Fábio Sanches após sete partidas e conseguiu enfim parar de ser vazada, em que pese a fragilidade do adversário, após 11 gols sofridos nos cinco jogos anteriores.
“Tivemos bons pontos: o Weverton voltou bem, o Artur voltou a jogar bem e o Fábio Sanches teve um retorno interessante. Acho que a linha defensiva foi bem e deu segurança ao time. Fomos sofrer um chute apenas no fim do segundo tempo. Eu tenho que dar os parabéns. O resultado foi ruim, mas o empenho é elogiável”, destacou o treinador de 59 anos.
O técnico João Brigatti também comentou sobre a escalação do meia-atacante Gabriel Santiago, que estreou com a camisa alvinegra após quase dois meses desde sua chegada por empréstimo junto ao Náutico até o fim da temporada.
“Gabriel Santiago é uma grata surpresa. Chegou abaixo na performance física, mas vinha evoluindo nos treinos. É mais um atleta que a gente ganha”, celebrou Brigatti, que também promoveu a estreia do volante Castro no segundo tempo. “O Castro jogou a Copa Paulista, veio de lesão, trouxemos para o elenco e teve a sua entrada”, disse o treinador, em relação ao atleta que chegou ao Majestoso no meio do ano, vindo do Águia de Marabá, do Pará.
O treinador pontepretano ainda explicou sobre a não utilização do atacante Pablo Dyego, vice-artilheiro da Ponte Preta na temporada, com nove gols. Após uma artroscopia no joelho direito que o deixou quatro meses afastado, ele retornou aos gramados no decorrer do duelo contra o Atlético-GO, que terminou com derrota alvinegra por 2 a 0, mas dessa vez foi preservado.
“Ele teve um problema no joelho no treinamento de sábado, um inchaço, por isso a opção de não utilizar. Está voltando de lesão séria, muito tempo inativo. Ele estava no banco, com condições de entrar. Acredito que dê para utilizá-lo na sexta”, indicou Brigatti, em referência ao duelo contra o Novorizontino, na próxima sexta-feira (27), às 21h30, no estádio Dr. Jorge Ismael de Biasi, em Novo Horizonte, pela 34ª rodada da Série B.