A nova primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, assegurou nesta terça-feira (25), no seu primeiro discurso ao parlamento, que a Itália vai continuar a ser “um parceiro confiável da Otan”, apoiando a Ucrânia contra a Rússia, e defendendo a integração europeia.
No seu discurso ao parlamento – onde vai receber hoje um voto de confiança seguido de outro, na quarta-feira (26), do Senado, legitimando oficialmente o seu poder – Meloni sublinhou que “a Itália faz parte do Ocidente, o berço da liberdade e da democracia”.
Por isso, adiantou, a Itália vai continuar a ser “um parceiro confiável da Organização do Tratado do Atlântico Norte”, que apoia a Ucrânia com formação e equipamento na guerra contra a Rússia.
Apesar de liderar um partido eurocético – o Irmãos de Itália -, Giorgia Meloni, assegurou que a intenção “não é impedir ou sabotar a integração europeia”, mas sim fazer funcionar melhor a máquina comunitária.
A nova primeira-ministra avisou ainda os deputados que a situação na Itália não “permite perder tempo”, agradecendo ao seu antecessor, Mario Draghi, por possibilitar uma rápida passagem do poder, apesar de o Irmãos de Itália ter sido a única força de oposição do governo anterior.
No seu discurso, Meloni agradeceu também ao presidente, Sergio Mattarella, por tê-la escolhido como primeira-ministra, na sequência da vitória do partido Irmãos de Itália, nas eleições de 25 de setembro, afirmando que “este é um momento fundamental para a democracia”.
Meloni agradeceu também aos seus parceiros de coligação, o partido Liga, liderado por Matteo Salvini, e o partido conservador Força Itália, de Silvio Berlusconi, por permitirem formar um governo num tempo quase recorde.
Os agradecimentos “mais sinceros” foram, no entanto, enviados “para o povo italiano, o único soberano”, segundo referiu Meloni, defendendo que os países que avisaram que irão manter-se “vigilantes” aos movimentos de um governo de direita e extrema-direita “não estão respeitando o povo italiano”.
A nova líder do executivo italiano admitiu ao parlamento que sente nos seus ombros “o peso de ser a primeira mulher no cargo de primeira-ministra na Itália”, mas garantiu que irá manter as promessas que fez na campanha “mesmo que algumas pessoas possam não gostar”.
(Agência Lusa)