Gostaria de começar esse artigo fazendo a seguinte pergunta: um navio afunda por causa da água que está fora ou dentro dele? É justamente sobre esse tema que quero refletir hoje, você gostaria de me acompanhar nessa jornada? Conto com a sua companhia.
Há algumas semanas tivemos a notícia do submarino que teve o intuito de ver de perto os destroços do famoso navio Titanic e isso me fez parar para refletir sobre o naufrágio do navio. Pensei sobre um navio (não o Titanic) e sua finalidade que é a de navegar pelas águas mar afora. Quando uso aqui a expressão “afora” é literalmente pelo fato de o mar, de a água estar fora do barco, estar fora da canoa, do navio. Vamos tomar como referência aqui um grande navio, pois ele será uma referência para eu e você, sendo assim sinônimos de força e grandeza.
A partir dessa introdução gostaria de convidar você a pensar justamente nesse ponto: você se considera uma pessoa com maturidade, com sabedoria, com autoconhecimento a ponto de não se deixar abalar com o que vem de fora?
Você tem um equilíbrio emocional a ponto de não trazer para dentro de si críticas inférteis, dores emocionais, notícias desagradáveis, experiências desconfortáveis? E você poderia estar aí me perguntando: “Mas professor Thiago, o que a água, o navio tem a ver com as dores emocionais?”.
É justamente essa a analogia de forma didática que estou expondo à você nesse artigo minha querida leitora, meu caro leitor. A água que vem de fora é que afunda um enorme navio, ou seja ele afunda apenas se ela adentrar, se ele “permitir” que ela o invada. E assim é com nossa saúde mental, com nosso equilíbrio emocional.
Você tende a não se abalar quando você aprende a não importar (trazer para dentro), quando você aprende a não permitir que o que venha de fora lhe atinja, invada sua mente. Devemos assim nos preocupar com esse nosso filtro, tal como uma peneira que separa o que deve ou não deve ser valorizado.
Infelizmente a depressão está tendo grande ascensão na atualidade, muito dela é derivada de excesso de informação advindas de excesso de uso de redes sociais, onde interioriza-se informações que não necessariamente nos fazem bem, principalmente quando estabelecem normas, regras, padrões de vida boa, de sucesso, de beleza e não conseguimos nos encaixar em tal padrão. Não permita que tais “gotas de água” afundem esse navio maravilhoso que você é!
Quando me refiro a gotas é porque nem sempre os abalos emocionais vêm de grandes impactos, por vezes ou na maioria delas chegam a conta gotas, em doses homeopáticas e quando se percebe este navio que representa nosso cérebro, que representa nossas emoções, já estão fragilizadas e prontas para fazer com que naufraguemos.
O equilíbrio emocional também permite com que você aguente firme em meio às tempestades em alto mar, nesse “mar da vida”.
Eu não tenho a capacidade e/ou ousadia de lhe sugerir formas ou ferramentas de equilíbrio emocional, não estou aqui para “vender meu peixe, um produto ou serviço meu”, o que posso sugerir à você é que saia da zona de conforto e busque ajuda, busque alternativas das mais diversas para se fortalecer e não permitir que as águas do mar da vida façam com que você venha a naufragar caindo em depressão profunda.
O navio não afunda pela água que está do lado de fora, ele afunda pela água que está dentro!
Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial