O artigo de hoje irá tratar sobre uma virtude chamada de brio, que diz respeito a um sentimento de honra, de dignidade, de valor, de amor próprio e realização pessoal, interno, sem se importar com opiniões alheias que na maioria dos casos não servem para absolutamente nada. Você aceita me acompanhar nessa reflexão? Ótimo, então venha comigo, preciso de sua companhia.
Esse texto veio depois de eu assistir uma luta de boxe que ocorreu em 24 de março de 1975 em Ohio entre o campeão mundial dos pesos pesados Muhammad Ali e o desconhecido Chuck Epner. Ao ver a luta completa e seu discurso antes e depois de tal luta, onde o “azarão” (assim rotulado por toda a imprensa da época) dizia que era a chance da sua vida, não se tratando de vencer o campeão mundial, mas de ter a sensação de ter “chegado lá!”.
Chegar lá… O que você entende por essa frase? Você tem um objetivo de vida, seja ele pessoal ou profissional? Pois bem, a virtude que mencionei no início dessa coluna, a do brio, cabe muito bem aqui nesse fato verídico da luta de boxe e pode muito bem servir a nós, em nossas vidas hoje em dia…
Penso que se trata de um sentimento de orgulho (no bom sentido da interpretação), um sentimento de reconhecer que todo o esforço de anos se converteu em realidade, e que em nenhum momento isso se tratava de ser uma vitrine para que pessoas viessem a vaiar, a cancelar, a apoiar, a aplaudir você. Esse brio que mencionei ter tido o desconhecido boxeador Chuck Epner ao lutar contra o campão mundial dos pesos pesados Muhammad Ali se tratava da seguinte interpretação: “Não importa o resultado, não importa vencê-lo, o que importa é que eu consegui chegar até aqui…”.
Penso que em nossa sociedade esse brio para consigo mesmo está em extinção, todos querem aplausos, visualizações, likes, seguidores, enquanto Chuck Epner estava satisfeito com seu feito… “Eu cheguei lá, mesmo não ganhando a luta, derrubei o campeão mundial. Perdi, mas perdi com honra!”.
Qual sua meta? Qual seu objetivo? Você se deixa levar pelo que os outros dizem? Pensa em como lhe veem? Já pensou se Chuck Epner desse ouvidos para a mídia e para as provocações de Muhammad Ali, que dele debochava dizendo que o derrubaria em 2 rounds, quando Chuck Epner agüentou 15 rounds?!
Tem momentos em que nós temos que abrir mão de opiniões nada construtivas e nos satisfazer com o nosso “chegar lá!”, e esse objetivo é único e singular de cada um! Isso é ter brio, é ter dignidade e saber que deu seu melhor independente do resultado.
A maioria foca no resultado, mas o caminho até o topo ensina muita coisa, traz muitas experiências que não se compram em nenhuma loja ou supermercado.
Você tem esse brio? Reflita sobre, conduza sua vida, que é só sua, por uma “estrada” que é trilhada e construída por você, para que nela você possa “chegar lá!”. Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial