A paralisação dos funcionários de limpeza da empresa terceirizada prestadora de serviço para a rede municipal de Educação, que deixou 75 escolas sem aulas ontem, continua nesta quinta-feira (10). Os trabalhadores mais uma vez fazem ato em frente ao Paço Municipal para exigir o pagamento de salários atrasados.
Além dos alunos e pais que são impactados desde ontem (9) pela paralisação dos profissionais, a Prefeitura afirma que 700 funcionários são afetados pela falta de pagamento. A empresa fornecedora de mão de obra para a limpeza das unidades fechou contrato com a Administração Municipal em outubro.
Os funcionários acusam a empresa Especialy de não honrar com as obrigações trabalhistas, entre elas o não pagamento do FGTS, atrasos nos benefícios e também nos salários. Milhares de alunos foram afetados pelo não funcionamento das unidades.
“Nós estamos aqui novamente na frente da Prefeitura brigando por uma solução porque é um absurdo trabalhar e não receber o salário que é o mínimo dos direitos. Nós não vamos retornar enquanto o dinheiro não cair na conta”, diz uma trabalhadora que prefere anonimato por medo de represálias.
“A Prefeitura de Campinas informa que os repasses à empresa estão rigorosamente em dia e está em contato com o prestador para que os serviços sejam retomados o mais breve possível. Neste momento, a Secretaria de Educação está fazendo um levantamento sobre as unidades da rede que possam ter sido afetadas nesta quarta-feira. Caso a empresa não retome os serviços, medidas administrativas serão adotadas”, informa.
O Hora Campinas apurou que a empresa desde ontem tenta uma negociação com os trabalhadores para que voltassem ao trabalho nesta quinta-feira, mas a proposta foi rechaçada sem o pagamento integral dos salários.
A empresa teria se comprometido a quitar o débito salarial até o final do dia para garantir que as unidades de ensino voltem a contar com os profissionais de limpeza a partir desta sexta-feira (11).
Ontem, os servidores da Educação da Prefeitura, reunidos em plenária autônoma, decidiram apoiar a luta das trabalhadoras terceirizadas da limpeza que estão em paralisação devido ao atraso salarial e por melhorias nas condições de trabalho.
A empresa diz que é sensível à causa dos trabalhadores. “A empresa está sensível a toda essa situação com seus colaboradores e totalmente mobilizada para sanar todas essas questões o mais breve possível”, informa em nota.