Em 2024, enfrentaremos muitas incógnitas. E com tantas incertezas ao nosso redor, o que precisamos são princípios que possam nos guiar, independentemente do que este ano trouxer. Para mim, um dos princípios mais importantes é a gratidão, que deve ser trabalhada em cada detalhe das nossas vidas.
Se você às vezes se sente frustrado em seu trabalho, por exemplo, pense no ditado: “Eu reclamava porque não tinha sapatos até conhecer um homem que não tinha pés”. Nem todo mundo tem um emprego para se frustrar, e alguns são até incapazes de trabalhar, refletir sobre nossos privilégios é sempre necessário.
A generosidade é outro princípio fundamental que é bem-sucedido em diversas circunstâncias, ela se dá, muitas vezes, na nossa apreciação ao próximo. Este ano, garantiremos que cada um dos nossos colaboradores saiba que seus esforços são apreciados.
Recompensas financeiras e elogios pessoais são uma maneira de fazer isso, exercendo a generosidade e o reconhecimento no campo material. Mas a forma principal é criar uma cultura empresarial que proporcione um lugar emocionante e divertido para se produzir e conquistar.
Criando assim um ciclo virtuoso em que é trabalhado tanto a gratidão, gerada pelo reconhecimento, quanto a generosidade ao colocar o outro em primeiro lugar.
Nosso foco em “pessoas em primeiro lugar” e ter o “clima como guia” são elementos que acabaram por produzir uma cultura invejável, ela deixa os colaboradores entusiasmados com seus desafios, que são cada vez mais éticos e humanos.
Mas isso não significa que você deva tentar copiar nossos princípios. Uma cultura deve ser autêntica e, para frutificar, deve ser realmente sua. Mas, o que pode ser um bom ajuste em uma empresa, não é necessariamente o que a outra precisa.
Eu tenho alguns princípios específicos nos quais foco com profundidade e tento gastar minha energia na direção de seus objetivos: a ética como princípio governador de tudo; e a participação dos colaboradores no lucro e no capital. Já em termos mais filosóficos, minhas bases são as seguintes: ajudar e cuidar do outro (harmonia); medir e testar antes de trocar qualquer coisa (sustentabilidade); pode florear, mas nunca mentir (arte), o que souber de bom, passe adiante (educação para todos); e, não menos importante, investir no que ajuda a sociedade como um todo (responsabilidade).
Harmonia, sustentabilidade, arte, educação para todos e responsabilidades são os nossos “Princípios Unificadores”, uma noção que vem de uma linha de trabalho nascida em 1908. Hoje, quando muitos são individualistas, é mais importante do que nunca, lembrar de como os nossos avós eram totalmente conectados aos seus locais de viver e trabalhar, promovendo uma cultura unificadora. Uma comunidade que tem sua diversidade, mas está sob princípios fundamentais em que todos podem compartilhar conhecimento e dúvida para se unir.
Além desses valores que levamos como farol, nas nossas empresas e entidades filantrópicas, nos esforçamos para criar um ambiente no qual a parceria, a confiança e a colaboração permeiem tudo o que fazemos.
Na prática, isso significa entender as necessidades de cada um, principalmente as dos nossos clientes, ter uma comunicação aberta, manter tudo transparente e cumprir as promessas. Esses outros princípios funcionam tanto externamente quanto internamente.
Uma cultura empresarial forte é uma espada que ajuda a realizar o tipo de trabalho que constrói parcerias duradouras, ao mesmo tempo em que atrai pessoas de qualidade e valor, que provavelmente se encaixam muito bem no cenário competitivo de hoje, como talentos para novos colaboradores como clientes que entendam o nosso trabalho.
Com o ano apenas começando, é hora de descobrir como fazer essa espada funcionar, em todos os sentidos, para você e para todos ao seu redor.
Um 2024 com princípios.
Luis Norberto Pascoal é empresário, empreendedor e incentivador de projetos ligados à educação e à sustentabilidade. A Fundação Educar Dpaschoal é um dos pilares de seu trabalho voltado ao desenvolvimento humano e social.