O aeroporto da cidade de Dnipro, na Ucrânia registou “forte destruição” na sequência de dois bombardeios russos durante a madrugada desta terça-feira (15), indicaram as autoridades regionais.
“Durante a noite, o inimigo atacou o aeroporto de Dnipro. Dois ataques. A pista de descolagem e aterragem foi destruída. O terminal está danificado. A destruição é enorme”, afirmou o governador da região, Valentin Reznitchenko, numa mensagem divulgada no aplicativo de mensagens Telegram.
Também, pelo menos duas pessoas morreram nesta terça num ataque russo contra um edifício residencial de 15 andares, no oeste de Kiev, disseram os serviços de emergência ucranianos.
“Dois cadáveres foram encontrados no local”, na sequência do ataque, e 27 pessoas foram retiradas ilesas do edifício, onde deflagrou um incêndio, indicaram aqueles serviços, na rede social Facebook.
Num dos corredores humanitários, cerca de 2 mil viaturas conseguiram sair da cidade ucraniana de Mariupol (leste), cercada há vários dias pelas forças russas e pelos separatistas pró-russos, indicou o município da localidade portuária.
“Outras 2 mil viaturas adicionais estão a aguardar à saída da cidade”, acrescentou o conselho municipal de Mariupol, que não precisa quantas pessoas conseguiram fugir desta cidade portuária, onde as condições são catastróficas após vários dias de bombardeamentos e cerco.
Ao fim de quase três semanas de combates, a guerra na Ucrânia provocou pelo menos 691 mortos e 1.143 feridos entre a população civil, incluindo mais de uma centena de crianças, até ao final do dia de segunda-feira, anunciou a ONU.
No seu relatório diário sobre baixas civis, o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) contabiliza 48 crianças mortas e 62 feridas.
O número de pessoas que fugiram da Ucrânia devido à invasão russa atingiu os três milhões, incluindo mais de 1,4 milhões de crianças, segundo um porta-voz da Organização Internacional para as Migrações (OIM).
Quase a cada segundo, uma criança da Ucrânia torna-se refugiada, anunciou nesta terça-feira a UNICEF, referindo que o fluxo de pessoas que fogem do país desde a invasão russa, a 24 de fevereiro, tem sido constante.
Nos últimos 20 dias, cerca de 1,4 milhões de crianças foram forçadas a fugir do país, o que representa uma média de cerca de 55 por minuto ou “praticamente uma criança por segundo”, avançou o porta-voz do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), James Elder. (Agência Lusa)