A diretora-geral da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), Audrey Azoulay, está fazendo um apelo por liberdade de expressão e pela segurança de jornalistas no Afeganistão. Azoulay declarou ser “crucial para os afegãos o acesso à informação crível e a uma mídia livre e independente”. Jornalistas confirmam que foram espancados pelo Talibã, enquanto profissionais da TV Deustche Welle, da Alemanha, estão sendo perseguidos e suas famílias atacadas.
A diretora da Unesco disse que “ninguém pode ter medo de dizer o que pensa neste momento crítico, e a segurança de todos os jornalistas, incluindo mulheres, precisa ser garantida”. Segundo agências de notícias, os militantes saíram à procura de um jornalista da rede alemã e nas buscas, acabaram assassinando o parente do profissional.
Azoulay ressaltou que a agência “continua comprometida em apoiar, de todas as maneiras, a liberdade de expressão e o acesso à informação para todos os afegãos”. Ela lembrou que nas últimas décadas, o setor de mídia profissional no país cresceu e se tornou mais “vibrante e diverso”.
Somente neste ano, pelo menos sete jornalistas foram assassinados. A Unesco destacou que “os progressos não podem ser desfeitos, em especial para as mulheres jornalistas, que precisam continuar seu trabalho crucial”. Nos últimos 20 anos, a agência da ONU ajudou o Afeganistão a formular novas leis, contribuiu para o desenvolvimento da mídia comunitária, ajudou a melhorar a educação dos profissionais do setor e a promover a produção de reportagens ligadas ao gênero.
Mais recentemente, a Unesco estava treinando profissionais da imprensa e da mídia na cobertura e reportagens sobre a crise de Covid-19.
A diretora da agência também fez um apelo à preservação do patrimônio cultural do Afeganistão, “um país com patrimônio rico e diverso, parte integral da história e da identidade”. Azoulay lembrou que “qualquer dano ou perda deste patrimônio terá consequências para a paz duradoura no Afeganistão”. Ela também pediu a segurança dos artistas e dos profissionais culturais do país. (Agência ONU News)