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Home Colunistas

Nunca houve um Oscar igual ao de 2021

João Nunes Por João Nunes
26 de abril de 2021
em Colunistas
Tempo de leitura: 3 mins
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Oscar 2021: Nomadland ganha melhor filme e é grande destaque

Chloé Zhao com o Oscar de melhor direção. Foto: Reprodução

A primeira atriz negra a ganhar Oscar foi Hattie McDaniel, coadjuvante no filme E o Vento Levou (1940). Mas na cerimônia de entrega da estatueta, ela foi impedida de ficar ao lado dos colegas atores – sentou-se à uma mesa escondida no fundo da sala. Neste histórico domingo, 25 de abril de 2021, a sala não reunia tanta gente – assim como em 1940 –, mas havia tantos negros quanto brancos. E sentados juntos, sem segregação, e em lugares privilegiados na condição de nominados ou no palco, recebendo, entregando, apresentando o prêmio.

A chinesa Chloé Zaho, melhor diretora Foto: Divulgação

E não apenas negros. Houve espaço para muitas mulheres (da segunda a ganhar Oscar de direção, Chloé Zaho, às candidatas a atriz, figurino, canção etc), idosos (Anthony Hopkins, ator mais velho a receber a estatueta) e inúmeros imigrantes: dinamarqueses, turcos, chineses, coreano, britânicos, franceses e até brasileira (Alice Braga empresta a voz em animação da Disney).

Por tudo a que o precedeu, como resultado da pandemia, era de se esperar que tivéssemos uma cerimônia diferente. Mas o evento foi muito além da expectativa: o cenário da grande festa tinha sido modificado. No lugar da predominância de brancos, loiros de olhos azuis e verdes, a equivalência da cor da África mais que nunca tomando assentos na Casa Grande. E das mulheres e velhos e imigrantes.

Tomaram posse do que lhes era devido, arrombaram a festa, invadiram a praia, hastearam bandeiras e ergueram a voz em discursos longos, emocionados, humanos – discursos de quem está próximo, expressam nossa linguagem, falas desprovidas de formalidades, textos não ensaiados. Como o diretor dinamarquês Thomas Winterberg, que chorou a perda da filha, da atriz coreana Youn Yun-jung dotada de carisma e simplicidade comoventes, do americano Daniel Kaluuya, que agradeceu a Deus e a mãe emocionada na plateia, da britânica Emerald Fennell, que afirmou que ingleses não choram – mas o choro dela estava evidente no sorriso alegre. Parecia gente igual a gente.

O norte-americano Daniel Kaluuyia, melhor ator coadjuvante Foto: Divulgação

Também houve dois prêmios humanitários com alcance para além da arte, que contemplou a entidade Motion Pictures & Television Fund e um programa dirigido pelo militante negro Tyler Perry, ambos convivendo com os efeitos da pandemia. Impossível não se comover ante os discursos dos respectivos representantes.

A coreana Youn You-jung, melhor atriz coadjuvante Foto: Divulgação

Em uma atividade que está entre as primeiras no topo dos setores mais rentáveis dos Estados Unidos, país conhecido pelo consumo e desperdício (tudo em excesso), e em meio a festa dedicada ao glamour, à riqueza, à superexposição e na qual desfilam artistas chamados (as) de estrelas para se manterem longe dos mortais falava-se em solidariedade, misericórdia, doação. Não sou ingênuo imaginando que os Estados Unidos mudaram o modo de ver o mundo. Eles sabem que a globalização aproximou os países e que territórios nunca antes explorados são campos férteis para gerar mais lucros e que um prêmio localizado (o da indústria americana, voltada para a América) perdeu a validade.

Hoje, o Oscar é de todos, pois, quanto mais países consumindo filmes, mais lucros terá a grande indústria, mas também porque existem talentos em qualquer parte, de Angola, ao Irã, passando pela China, Paraguai, Índia, Cazaquistão, Noruega, Itália, Islândia. Além disso, artistas e técnicos do planeta inteiro, agora, fazem parte da Academia de Artes e com direito a voto, influência, palpite e mão de obra. O que isso muda? Ganha-se oportunidades para exercitar a arte e dinheiro.

Quero acreditar que o mundo da pandemia está diferente daquele no qual vivíamos e que as mudanças serão ainda mais significativas.

Talvez, sim, exista um tanto de ingenuidade, mas a cerimônia do Oscar me fez pensar que talvez não haja mais como voltar atrás e que as transformações são irreversíveis. Quero pensar que essa vitrine de ostentação cresceu e deixou as coisas próprias de menino, que abandonou a exacerbação do luxo e da opulência, como se fossem deuses se lambuzando do fausto, para se tornar mais humana, e que se desfez da futilidade e vislumbrou a nobreza.

 

João Nunes é jornalista e crítico de cinema

Tags: cinemacolunistasJoão NunesOscar 2021
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