Já parou para pensar nas mais diversas configurações familiares que existem por aí? Tem mãe solo, pai solo, mãe e pai, mãe e mãe, pai e pai, mãe e avó, homem, mulher, enfim pessoas que vão formando suas famílias das mais diferentes maneiras. Para Carol Campos, que lançou recentemente o livro infantil Duas Mamães, pela editora Semente Editorial, com ilustrações de Corine Carreira, família é um grupo de pessoas unidas por um grande sentimento de amor.
A mãe “Quininha”, do Pedro de 6 anos, conta que resolveu escrever seu primeiro livro infantil porque sempre buscava nas livrarias títulos que trouxessem uma história bonita de duas mães e em que o filho pudesse enxergar a sua família.
A autora relata que queria tanto escrever o livro que uma noite sonhou com a história e ao acordar de madrugada começou a escrever tudo que os amigos do filho perguntavam e, principalmente, sobre o que é uma família.
Muita gente acha que a família de Pedro, formada por ele, sua mãe Quininha, sua mãe Grande e seus amigos dinossauros, é diferente e ela destaca que isso é verdade. “Mas você conhece uma família que seja igualzinha à outra?”, questiona. A autora destaca que o livro não foi feito somente para o seu filho e os filhos de casais homoafetivos. “Para mim, ver tantas famílias procurando meu livro e os outros que estão saindo na mesma temática, é acreditar que essa geração de crianças irá crescer livre de preconceitos! A literatura tem esse dom!””, destaca.
O maior desafio da autora foi encontrar uma editora que bancasse publicar uma autora desconhecida, um tema polêmico em um momento pandêmico. “Mandei para mais de 20 editoras, e não recebia nenhuma resposta. Quando a Semente Editorial me respondeu, nem acreditei! Mas achei simbólico a editora do meu primeiro livro se chamar Semente”, conta.
Livros podem mesmo ser sementes que ser espalham para plantarmos um mundo muito melhor para todos nós.
Quem se interessar em adquirir o livro pode entrar em contato com a Carol Campos pelo Instagram @carolbpcampos.
Kátia Camargo é jornalista e acredita que muitas famílias estão empenhadas em educar seres humanos que se respeitem e respeitem o outro. A música do Marcelo Jeneci Só Eu Sou Eu embalou essa coluna.