O ambiente escolar vai muito além do ensino formal, a escola é nossa primeira oportunidade para vivermos em comunidade, além do nosso núcleo familiar, e nos sentirmos parte do todo.
Sabemos a importância de pertencer – a um grupo, comunidades, tribos… Como disse Aristóteles – o homem é um ser social, pois é de sua natureza viver em sociedade e, ao buscar a felicidade, ele só a encontra na convivência humana, sendo assim, sentir-se participante desses locais é de extrema relevância, é ter senso de pertencimento, é se enxergar como parte.
Durante nossa vida, passamos bons anos no ambiente escolar, entretanto, sentir-se parte desse ambiente pode ser desafiador. A escola, um ambiente que, além das matérias convencionais, nos traz para fora da caixinha – precisamos conviver, trabalhar em equipe, nos comunicar, ampliar a visão de mundo e muitas outras coisas.
Todavia, para desenvolvermos essas habilidades, precisamos de oportunidades.
Que a escola nos ensina matérias convencionais, nós sabemos, mas quais são os espaços que nos promovem um ensino prático, significando esse conteúdo a nossa vida real? Segundo o educador e filósofo Paulo Freire, “Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a sua própria produção ou sua construção.” Sendo assim, as metodologias ativas são eficazes, pois nelas, nós jovens, podemos ser vistos como fonte de compromisso e inciativa, fazendo parte da construção da aprendizagem.
Pode parecer irreal, mas não é muito longe da nossa realidade. Um exemplo é o grêmio estudantil – ali é desenvolvida a responsabilidade, senso crítico, comunicação, honestidade, cidadania (importância de cumprirmos com nossos direitos e deveres), ética e somos acreditados, o que nos potencializa.
Assim afirmava o pedagogo Antônio Carlos Gomes da Costa: “O fundamento é acreditar sempre no potencial criador e na força transformadora dos jovens.” . Isso faz sentirmos como agentes, como pertencentes!
Sentir parte, pertencer a escola, nos faz vê-la muito além de só um imóvel, uma parede, nos faz vê-la como porta aberta para um horizonte de desenvolvimento, aprendizagem e oportunidade. Juntos, podemos sonhar, em um ambiente onde possamos nos desenvolver como seres humanos integrais, preparados para a vida.
Enxergar a escola nos impulsiona a acreditar e potencializar a educação como agente de transformação para nossas realidades.
Mickaelly Silva, 19 anos, é movida pelo afeto, nasceu e cresceu em uma família muito amorosa. Acredita que os professores são agentes de transformação e pretende cursar psicopedagogia.