Ataques à infraestrutura de saúde do Sudão aumentaram com a ocupação de hospitais em Cartum. A grande preocupação é com o controle, por um dos envolvidos no conflito, do laboratório central de saúde pública, segundo a Organização Mundial da Saúde, OMS.
O representante da agência no Sudão, Nima Saeed Abid, expressou inquietação com o fato de uma das partes da violência, que não identificou, ter tomado o local, expulsado todos os técnicos e transformado em sua base.
Nima destacou o enorme risco biológico associado à ocupação. Ele disse estar apreensivo com o cuidado com toda a matéria biológica em Cartum e falou de dois hospitais completamente fechados, após receberem feridos durante os dois primeiros dias do conflito.
A agência saudou as notícias do cessar-fogo entre o Exército e as Forças de Apoio Rápido, RSF. A Autoridade Intergovernamental para o Desenvolvimento envolve os presidentes do Sudão do Sul, Quênia e Djibuti no debate de uma proposta que inclui estender a trégua e diálogo com os envolvidos.
Para a OMS, o impacto das ocupações e da violação das instalações de saúde essenciais inclui a falta de acesso dos pacientes a cuidados e interrupção instantânea do teste de amostras laboratoriais de importância crítica.
O laboratório é conhecido por guardar patógenos de sarampo, cólera e tuberculose multirresistente, além de poliovírus derivado de vacina e outros materiais perigosos.