A Câmara Municipal de Campinas vota nesta segunda-feira (23) mais um projeto polêmico relacionado à pandemia do coronavírus. De autoria do vereador Nelson Hossri (PSD), o Projeto de Lei que proíbe a exigência de apresentação do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para acesso em locais públicos e privados será votado em primeira análise nesta segunda (23).
No último dia 9, os vereadores de Campinas aprovaram, por 18 votos a dez, o Projeto de Lei do vereador Marcelo Silva (PSD) que tornava facultativo o uso de máscara nas escolas de Campinas. Três dias depois, antes do PL passar pela sanção do prefeito, o Comitê de Enfrentamento da Pandemia em Campinas anunciou a manutenção da obrigatoriedade do uso de máscaras nas escolas do Município.
A apresentação de comprovante de vacinação e/ou exame negativo de Covid-19 em cinemas, teatros, missas e cultos religiosos de Campinas é facultativa aos estabelecimentos. O documento só é exigido em eventos que geram aglomeração, como shows, eventos públicos e jogos. A Secretaria de Educação, por exemplo, pede o documento no ato da matricula dos alunos; na Unicamp, o comprovante de vacinação é exigido dos alunos, docentes e funcionários.
“Não faz mais nenhum sentido essa obrigatoriedade. A pandemia já está controlada e mais de 80% das pessoas, vacinadas. Já foram muitos os prejuízos para o município com essa exigência do Passaporte da Vacina, principalmente na economia”, disse Hossri, em entrevista ao site da Câmara. O projeto prevê a proibição de se exigir comprovante de vacinas inclusive em shoppings, estádios de futebol e escolas particulares, entre outros.
“Até quando vão querer criar iniciativas que inibam as pessoas de ter sua vida normal? A exigência do comprovante de vacinação é uma medida autoritária e ineficaz”, conclui Nelson Hossri.
A terceira reunião ordinária do ano de forma presencial, com a participação do público, será realizada nesta segunda-feira (23), a partir das 18h, no Teatro Bento Quirino, que fica na rua Lusitana, 1.555, no Centro da cidade. O prédio da Câmara passa por reformas.