Após 16 dias do crime contra o milionário da Mega-Sena em Hortolândia, três dos quatro suspeitos identificados já foram presos e um segue foragido. O crime chocou o país pela crueldade e voltou todas as atenções para Hortolândia e para o estilo de vida simples do milionário Jonas Lucas Alves Dias, de 55 anos.
Dos quatro suspeitos identificados pela Polícia Civil, apenas Marcos Vinicyus Sales de Oliveira, de 22 anos, segue foragido.
A Polícia Civil informou que as diligências continuam. Mais detalhes não serão fornecidos para não atrapalhar as investigações.
Quem tiver informações sobre o paradeiro do suspeito pode fazer denúncia anônima do número 19 3421-6169 da Divisão Especializada de Investigações Criminais (Deic) de Piracicaba. De acordo com Juliana Ricci, delegada que comanda a investigação, o sigilo é garantido.
No último dia 23, a Polícia Civil confirmou a prisão do terceiro suspeito de participar do sequestro e morte de Jonas Lucas Alves Dias. Roberto Jefferson da Silva, conhecido como Gordão, de 38 anos, se entregou acompanhado de advogados. Segundo a delegada, ele negou as acusações e afirmou não conhecer a vítima.
Rebeca, uma mulher trans de 24 anos e Rogério de Almeida Spínola, de 48 anos, foram os primeiros a serem presos. Segundo a investigação, parte do dinheiro roubado da vítima foi transferida para uma conta em nome de Rebeca.
Entenda o caso
O assassinato de Jonas Lucas Alves Dias, 55 anos, premiado com R$ 47 milhões na Mega-Sena em 2020, ocorreu no último dia 14 de setembro e foi motivado por dinheiro, segundo apuração da polícia. A vítima vivia no Jardim Rosolém, em Hortolândia, onde todos sabiam que ele tinha grande soma de dinheiro, e manteve os mesmos hábitos de antes do prêmio.
Jonas chegou a ser socorrido com vida quando estava agonizando às margens da Rodovia dos Bandeirantes, no Jardim São Pedro, em Hortolândia. Atendido por uma ambulância da AutoBAn, concessionária que administra a rodovia, ele foi levado a um hospital em Sumaré, mas não resistiu aos ferimentos.
Na ocasião, seu irmão, de 65 anos, prestou esclarecimentos à polícia e relatou que o homem estava desaparecido havia um dia. O seu cartão de débito foi levado pelos suspeitos. Uma das tentativas de saque de sua conta foi de R$ 3 milhões.
Durante as investigações, os agentes colheram depoimentos de testemunhas, cumpriram dois mandados de busca e apreensão nas casas dos proprietários de
dois automóveis (Fiesta preto e uma caminhonete prata) e analisaram as imagens das câmeras de segurança que registraram a ação dos criminosos. Os agentes solicitaram ainda a quebra dos sigilos telefônico e bancário. Na investigação foi verificado que aproximadamente R$ 20 mil foram retirados da conta de Jonas por meio de transferências via Pix e saques em uma agência bancária. Os envolvidos não eram conhecidos da vítima, mas sabiam da condição social dela.
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