A China vai acabar com a obrigatoriedade de quarentena para viajantes oriundos do exterior a partir de 8 de janeiro, anunciaram nesta segunda-feira as autoridades chinesas, após o levantamento, este mês, da maioria das medidas anti-covid-19 em vigor desde 2020.
A partir do próximo mês, será apenas exigido um teste negativo com menos de 48 horas para entrar no território chinês, com os passageiros não precisando mais solicitar um código verde de saúde antes de sua viagem à China, indicou, em comunicado, a Comissão da Saúde, que possui as funções de um ministério.
De acordo com as autoridades sanitárias chinesas, e num novo passo no desmantelamento da política de “covid zero”, a covid-19 deixará ser considerada uma doença de categoria A, o nível máximo de perigo e cuja contenção implica as medidas mais severas, para ser catalogada como categoria B, que implica um controlo menos exigente.
Desta forma, a Comissão de Saúde informou que já não considera a covid-19 como uma “pneumonia”, mas como uma doença “contagiosa” menos perigosa.
A China é a única grande economia que continuava a impor quarentenas à chegada ao seu território, que designadamente penalizavam o turismo, mesmo que a sua duração tenha sido reduzida nos últimos meses. Atualmente implicava cinco dias num hotel, seguidos de outros três dias de observação.
Em junho, a China tinha já reduzido em metade a duração da quarentena obrigatória para os viajantes que se deslocassem ao país. Na altura, foi reduzida de 21 dias para 10 dias. As fronteiras do país permanecem, no entanto, quase totalmente fechadas desde o início de 2020.
Há cerca de três anos a China deixou de emitir vistos turísticos, com as ligações aéreas internacionais registando uma forte redução.