A Prefeitura de Campinas faz neste sábado (24) o 5º mutirão do ano para prevenção e combate à dengue. Os agentes de saúde vão percorrer imóveis dos bairros Vila Vitória, Mauro Marcondes, Vida Nova I, Vida Nova II e Parque Aeroporto, das 8h às 12h.
Os locais foram selecionados em razão do número de casos confirmados ou suspeitos de dengue nos últimos catorze dias. O objetivo é mobilizar a população para mais cuidados, especialmente com os resíduos. Jogar lixo nos locais corretos, destinar ao ecoponto e não utilizar terrenos baldios são iniciativas fundamentais para evitar criadouros e reduzir casos.
O ponto de encontro das equipes será o Centro de Educação Infantil (CEI) Regina Bittencourt Alves. Ele fica na rua Plínio de Moraes, 117, no Vida Nova.
De janeiro até a última quinta-feira (22) a cidade contabilizou 6.730 casos confirmados de dengue, sem óbitos. Além disso, Campinas registrou um caso importado de chikungunya.
O mutirão neste sábado deve reunir pelo menos 100 agentes da Saúde, incluindo trabalhadores da empresa Impacto Controle de Pragas, que atuam nas visitas aos imóveis para orientação e eliminação de criadouros. Eles usam uniforme formado por camiseta branca, com logo da empresa, e calça na cor cinza. O pedido é para que a população colabore nos trabalhos e, em caso de dúvidas, acione a Defesa Civil pelo telefone 199.
A Administração repetirá a estratégia de usar drones para localizar grandes criadouros do mosquito Aedes aegypti como piscinas e caixas d’água em imóveis identificados como desocupados ou em situação de abandono. Com isso, chaveiros podem ser acionados e esta medida está respaldada em decisão judicial de 2020, proferida nos autos do processo judicial n.º 1005810-97.2014.8.26.0114, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Campinas.
Preocupação
Na primeira semana de fevereiro, a Saúde recebeu a confirmação dos primeiros casos de dengue na cidade causados pelos sorotipos 2 e 3 do vírus, que não circulavam desde 2021 e 2009, respectivamente. As amostras de sangue dos pacientes foram analisadas pelo Instituto Adolfo Lutz e antes disso a metrópole só havia registrado sorotipo 1.
A circulação simultânea dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue ocorre pela primeira vez em Campinas.
Os grupos mais vulneráveis para os sorotipos 3 e 4 são crianças, adolescentes e adultos que não tiveram contato com a doença e com estes sorotipos. Há risco maior de dengue grave quando uma pessoa é infectada por tipo diferente ao anterior.
Por enquanto, não houve identificação do sorotipo 4 do vírus da dengue em Campinas. Ele não é registrado na cidade desde 2014, mas já causou infecções em outros municípios.
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