2022 foi um ano que colocou o mundo à prova. Da invasão da Ucrânia à nova onda de Covid-19 na China, da inflação às mudanças climáticas, das tensões sino-americanas às eleições no Brasil, cruciais. O ano de 2022 nos fez perguntas bastante difíceis. Essa provação não apenas enviou o mundo a uma nova direção, como também nos mostrou sob uma nova luz, mais forte e detalhadamente, o que não tínhamos.
A maior surpresa — e a mais bem-vinda — foi a resiliência de países amplamente democráticos e liberais.
Quando em 24 de fevereiro de 2022, o mundo se assustou com uma guerra criada por um Estado corrupto, o ocidente, que estava decadente, só pensando em dinheiro e cada vez mais dividido, se reagrupou para igualar na defesa da democracia.
Mas agora vamos entrar em 2023 com mais responsabilidade em todas as áreas, pois o clima também está nos dando muitos sustos, assim como a pobreza itinerante começa a invadir as cidades e as ruas. Desejar um bom 2023, na minha opinião, é uma falsidade. Desejar, nada ajuda.
O melhor é dizer que vamos lutar para que 2023 seja minimamente melhor e, de fato, fazê-lo melhor. E que, em conjunto, deveremos lutar por isso. Do desejo para a luta, como se estivéssemos na Ucrânia a ajudar as nossas cidades, escolas, crianças, hospitais, entidades sociais e a democracia com força e voz construtiva, por meio do nosso trabalho voluntário, do apoio ao jornalismo sério e ilustrador dos caminhos corretos e da nossa própria ação de não fazer coisas erradas achando que ninguém vai ver.
Apesar do cenário bem desafiador de 2022, precisamos olhar com ‘esperança’, do verbo ‘esperançar’ e não do verbo ‘esperar’, para buscar formas de concretizar ações e trabalhos para deixar este mundo melhor para os netos dos nossos netos.
Para ilustrar essa esperança recomendo que assistam novamente, e pela primeira vez caso não tenham visto, o comovente filme A Vida é Bela (1997), com atuação e direção impactante de Roberto Benigni. Apesar do pano de fundo ser o terror da Segunda Guerra Mundial e dos campos de concentração, ele traz esperança, vontade de viver e de superar adversidades mesmo diante de cenários bem desafiadores.
Qualquer semelhança não é mera coincidência!
Luis Norberto Pascoal é empresário, empreendedor e incentivador de projetos ligados à educação e à sustentabilidade. A Fundação Educar Dpaschoal é um dos pilares de seu trabalho voltado ao desenvolvimento humano e social.