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Emergência climática: com a palavra, as cidades – por José Pedro Martins

José Pedro Martins Por José Pedro Martins
8 de novembro de 2023
em Colunistas
Tempo de leitura: 4 mins
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Academia às escuras: até ontem, 90 horas depois do evento climático extremo, 200 mil imóveis continuavam sem energia em SP - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Academia às escuras: até ontem, 90 horas depois do evento climático extremo, 200 mil imóveis continuavam sem energia em SP - Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Se algum cidadão brasileiro ainda duvidava dos impactos das mudanças climáticas já afetando o país, esse pensamento foi desfeito com o último grande temporal em São Paulo, deixou oito mortos e mais de 2 milhões de imóveis sem energia elétrica. Até ontem, 90 horas depois do evento climático extremo, 200 mil imóveis continuavam no escuro, com os prejuízos e transtornos conhecidos nessa situação.

Outros eventos climáticos extremos foram registrados em território brasileiro nos últimos meses, com muitos mortos e feridos e um rastro de destruição. Ciclones seguidos no Sul e uma seca histórica no Norte, mostrando a vulnerabilidade inclusive na região mais rica em água doce do planeta.

Agora, entretanto, como era de se esperar, foi muito grande a repercussão dos estragos na maior cidade brasileira, além de outras comunidades paulistas. Como o apagão atingiu o coração da economia do país, parece que as autoridades resolveram se mexer.

O fato é que as cidades começam a se dar conta de que elas têm que se preparar melhor, e muito melhor, para o enfrentamento das mudanças climáticas. As negociações entre os países, para reduzir as emissões de gases de efeito-estufa, continuam estagnadas.

O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) acaba de divulgar um relatório informando que os investimentos para a adaptação às mudanças climáticas, no âmbito dos países em desenvolvimento, deveriam ser de 10 a 18 vezes ao que está sendo verificado. No caso, os países ricos não estão cumprindo o que já prometeram tantas vezes, de destinar recursos mais expressivos para as necessárias adaptações. O Pnuma estima que os investimentos deveriam estar entre US$ 194 bilhões e US$ 366 bilhões, valores muito superiores ao que está sendo aplicado atualmente nas medidas de adaptação.

O relatório foi elaborado pelo Pnuma para a COP-28, a Conferência do Clima que acontece entre 30 de novembro e 12 de dezembro em Dubai. É mais um de tantos documentos formulados para tentar convencer os líderes nacionais para que sejam acordadas medidas concretas de enfrentamento das mudanças climáticas. Tudo indica que mais uma vez os esforços de cientistas, ambientalistas e cidadãos globais preocupados com a emergência climática serão em vão. Como já comentamos neste espaço, se antes já havia barreiras, sobretudo no sentido da necessária redução do uso de combustíveis fósseis, agora o cenário é ainda pior, em razão das atenções voltadas para a guerra em Israel.

Por todos esses motivos as cidades precisam assumir maior protagonismo no enfrentamento das mudanças do clima, com medidas para reduzir suas emissões e, também, ao mesmo tempo, para adaptação diante dos inevitáveis eventos climáticos extremos, que continuarão a acontecer.

Muitas cidades ao longo do planeta estão adotando medidas nesse sentido. Sidney, na Austrália, está iniciando um ambicioso plano de revisão do plantio de árvores na grande metrópole, no sentido de que haja preferência para espécies mais adequadas a um clima cada vez mais quente. Equipes da prefeitura percorreram rua por rua para avaliar quais espécies seriam mais apropriadas em termos de proporcionar sombra e, portanto, microclima mais agradável em futuro próximo. Aquelas árvores que são consideradas menos resistentes às mudanças climáticas serão gradualmente substituídas, no momento em que estiverem no final de suas vidas.

 

Árvore tombada em calçada após chuva forte em São Paulo no feriado de Finados – Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Outra grande metrópole, Paris, está estudando medidas ainda mais radicais, como a retirada de boa parcela do asfalto existente na cidade, de modo a prevenir os períodos mais quentes. Ondas de calor recentes na Europa provocaram muitas mortes, justamente pelo superaquecimento nas cidades cobertas de asfalto e cimento.

Especialistas concordam em que uma medida fundamental, sobretudo nas grandes cidades, é a de reservar áreas apropriadas para acumular as águas derivadas das grandes enchentes que continuarão acontecendo. O solo quase todo impermeabilizado, como ocorre hoje na maioria dos grandes centros urbanos, é um convite tanto para o superaquecimento das temperaturas como para a ocorrência de enormes estragos decorrentes de chuvas mais intensas.

 

Projeto de Hortas Urbanas de Campinas: projeto em desenvolvimento envolve comunidade e escolas – Foto: Divulgação

A ampliação das áreas verdes é, neste contexto, mais do que essencial e bem-vinda para a melhoria da qualidade de vida nas metrópoles nos próximos anos, de forma associada à adaptação às mudanças climáticas. Um exemplo bem interessante é o de San Francisco, que dilatou seus espaços para jardins comunitários durante a pandemia, de modo que os moradores tivessem mais opções ao ar livre. Agora esses jardins, onde proliferam atividades artísticas, também integram o conjunto de ações voltadas para a resiliência às mudanças do clima.

A disseminação de hortas urbanas é outra alternativa que vem ganhando muitos adeptos. Na própria cidade de São Paulo, que experimentou nos últimos dias mais um episódio climático extremo, está em curso um interessante projeto, de criação de florestas urbanas com o uso da tecnologia de satélites.

Um novo olhar sobre as cidades, no contexto das adaptações urgentes em face das mudanças climáticas, é imperativo no Brasil. Um levantamento do MapBiomas mostrou que entre 1985 e 2021 as áreas urbanizadas no país saltaram de 1,2 milhão para 3,7 milhões de hectares. Isto significa mais asfalto, mais concreto e maior possibilidade de danos derivados de eventos climáticos extremos.

De acordo com esse levantamento, as maiores áreas urbanizadas em território brasileiro são os Arranjos Populacionais da Grande São Paulo (com 192 mil hectares), Grande Rio de Janeiro (135,5 mil hectares), Brasília (93,8 mil ha), Belo Horizonte (86,1 mil hectares), Curitiba (64,6 mil hectares), Porto Alegre (62,7 mil ha), Goiânia (60 mil hectares) e Fortaleza (50,6 mil hectares). Em nono lugar aparece o Arranjo Populacional de Campinas, correspondente à Região Metropolitana de Campinas (RMC), com 46,9 mil hectares de área urbanizada. Um claro indicador da urgência de melhor adaptação às mudanças climáticas na RMC, que já tem sofrido muito com eventos extremos nos últimos tempos.

 

José Pedro Martins é jornalista, escritor e consultor de comunicação. Com premiações nacionais e internacionais, é um dos profissionais especializados em meio ambiente mais prestigiados do País. E-mail: [email protected]

Tags: ÁguacolunistasecologiaESGgestãoHora CampinasHora Sustentabilidadejosé pedro martinsmeio ambienteprogramasprojetosrecursos naturais
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