A geração de empregos em Campinas apresentou em novembro, o segundo melhor desempenho do ano, segundo mostram os dados do novo Caged – as Estatísticas Mensais do Emprego Formal do Ministério do Trabalho – e que foram divulgados nesta quinta-feira (23).
De acordo com dados, a cidade registrou a criação de 3.450 empregos com carteira assinada, um desempenho 173% melhor que o mês de outubro, quando foram criadas 1.262 novas vagas. No mês passado, foram 17.673 admissões e 14.223 desligamentos.
O mês de novembro em Campinas só é superado este ano, pelo mês de fevereiro, que registrou a geração de 4.803 vagas. Até então, o mês de agosto havia sido o melhor na cidade, com a criação de 3.199 vagas de emprego formal.
Para o economista Laerte Martins, diretor da ACIC (Associação Comercial e Industrial de Campinas), o crescimento no número de vagas de emprego está diretamente ligado ao período do ano, com a grande procura de bens e serviços por conta de datas importantes como o Dia das Crianças, a Black Fridday e o Natal.
“Em Campinas o volume de vendas nesse período chega a atingir 45% do volume total de vendas do ano todo”, disse ele, lembrando que esse dado se refere ao período pré-pandemia. Em 2019, esse trimestre representou faturamento de mais de R$ 9 bilhões, lembrou ele,
Segundo o economista, a previsão para esse trimestre é de faturamento de R$ 8,5 bilhões, resultado do arrefecimento da pandemia e avanço da vacinação.
“Diante desse quadro mais favorável, mas ainda não consagrado, a economia se ativou um pouco. É esperada a contração de mais de 11 mil temporários em Campinas e região no fechamento do ano. Essa possível melhora nos índices de confiança local, deve justificar essa eventual melhora apresentada nos dados do Caged”, completa Laerte Martins.
Dados nacionais
De acordo com os dados do Caged, o Brasil gerou 324.112 postos de trabalho em novembro deste ano, resultado de 1.772.766 admissões e de 1.448.654 desligamentos de empregos com carteira assinada.
No acumulado de 2021, o saldo positivo é de 2.992.898 novos trabalhadores no mercado formal.
O estoque de empregos formais no país, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, chegou a 41.551.993, em novembro, o que representa um aumento de 0,79% em relação ao mês anterior.
De acordo com o ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, é o terceiro melhor mês do ano na geração de empregos formais, atrás de fevereiro, que teve 389.679 vagas criadas, e agosto, com 375.284 novos postos de trabalho.
Dados por setor
No mês passado, o saldo de empregos foi positivo em quatro dos cinco grupamentos de atividades econômicas: serviços, com a criação de 180.960 postos, distribuídos principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas; comércio, saldo positivo de 139.287 postos; construção, mais 12.485 postos de trabalho gerados; e indústria geral, que criou 8.177 novos empregos, concentrados na indústria da transformação.
Dentro do setor de serviços, o ministro Onyx também destacou a criação de vagas no grupo alojamento e alimentação, com 36.416 novos postos, o que mostra, segundo ele, a ampliação do turismo interno brasileiro. “É a importância que temos no setor de turismo e serviços para incremento da empregabilidade no Brasil”, disse.
Ele lembrou ainda que o setor de comércio tem participação significativa na geração de empregos nessa época do ano, sendo o segundo maior setor com crescimento formal.
Já o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura construção, por questões sazonais das safras, fechou 16.797 postos de trabalho em novembro.
Todas as regiões do país tiveram saldo positivo na geração de emprego, sendo que houve aumento de trabalho formal nas 27 unidades da federação.