Com um déficit de 40% de policiais civis no estado, segundo levantamento do Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp), o Governo de São Paulo realizou nesta sexta-feira (10) a efetivação da maior nomeação da história da corporação. Foram empossados 4.017 policiais aprovados em concursos e mais 3,5 mil devem ser nomeados em 2024.
Ao todo, foram convocados para a posse 2.208 escrivães, 1.260 investigadores, 353 delegados e 196 médicos-legistas, aprovados em concurso em 2022.
Para avançar na retomada do quadro deficitário de policiais na instituição, o atual governo convocou mais 1.080 remanescentes aprovados, 37% a mais que o previsto em edital, totalizando os 4.017 novos agentes.
De acordo com o Sindpesp, em fevereiro deste ano havia 17.324 cargos vagos na Polícia Civil em todo o estado, para um número total de cargos de 41.912, o que significa déficit de 41%. O número supera o recorde anterior, de dezembro de 2022, na gestão Rodrigo Garcia, quando havia 17.114 cargos vagos.
O governador Tarcísio de Freitas anunciou nesta sexta que mais nomeações serão realizadas. A atual gestão lançou editais para preencher 3,5 mil vagas para a Polícia Civil e Técnico-Científica. Os concursos seguem em andamento com vagas para carreiras de delegado, investigadores, escrivães, além de médicos-legistas e peritos criminais.
“Temos outro concurso em andamento e a gente está falando em esse ano incorporar na polícia civil 7. 500 policiais”, prometeu.
Efetivo
A nomeação dos aprovados foi publicada no último dia 3 de maio no Diário Oficial do Estado. Todos os nomeados passarão por uma etapa de formação da Academia de Polícia Civil (Acadepol) de uma semana. Depois serão divididos e designados para as Unidades de Ensino Policial (UEPs) na Grande São Paulo e no interior, até a formatura, quando reforçarão o efetivo das delegacias de todas as regiões do Estado.
Os cursos de escrivão, investigador e médico legista terão duração média de três meses. Já os futuros delegados passarão por cinco meses e meio de aulas.
Durante o período os alunos passam por um estágio nas unidades policiais. O estágio probatório de aptidão ao cargo dura três anos.
Esta também é a primeira turma de delegados e médicos legistas que receberá o título de especialistas nas áreas de direitos humanos e medicina legal, respectivamente. Antes, o curso de formação para essas áreas era técnico-profissional, que segue para as carreiras de escrivães e investigadores.