Inicio esse artigo lhe perguntando o que há por detrás das aparências sociais, sejam elas fisicamente, sejam elas virtualmente nas mais diversas redes sociais? Haveria o que por detrás do espetáculo da vida? A vida pode ser encarada como um circo, como uma atração, onde você precisa prender a atenção da outra pessoa, precisa ser notado, notada, precisa de elogios, de likes, que olhem para você e enxerguem uma pessoa de sucesso.
Pois é isso que o mundo prega como valor ideal: um ser humano vitrine que espelha o sucesso, que não chora; que não se entristece, que precisa se passar por um personagem social onde é inadmissível ser frágil ou fraco. Já parou para pensar nisso? É a partir dessas provocações que convido você, minha querida leitora, meu caro leitor à, comigo vir a refletir sobre o que há nesse espetáculo social. Você aceita? Ótimo, então vamos lá!
O que escrevi no início desse artigo tem um ponto de vista, mas posso aqui lhe apresentar outro, onde o palhaço tem um papel social, ele precisa fazer-se palhaço, com suas responsabilidades, com sua finalidade, com disciplina buscando atingir esse propósito com total competência.
Fazer seu público sorrir, dar gargalhadas, e talvez, com isso, se esquecer dos problemas da vida enquanto no circo estiver. Todos saem do circo, cada um com sua vida, suas interpretações, uns sorrindo, outros já pensando nos problemas que lhes aguardam no outro dia.
Nosso foco nesse parágrafo é salientar o papel do palhaço que, após o circo fechar e ele passar pela cortina chegando assim aos bastidores, ao camarim, ele se pega tirando a maquiagem, voltando a ter sua identidade pessoal e com ela faz-se um humano, humano esse com seus problemas sociais, pessoais, emocionais, conflitos que por vezes não tem com quem partilhar…
A proposta do título desse artigo nos entrega diversas interpretações. Você se identifica com alguma delas? Precisa se fazer forte para ser eficiente em seu papel profissional e sente-se esquecido (a) ao voltar pra casa nos bastidores da vida, onde ninguém lhe vê chorando?
Vou além nessas provocações, típicas da filosofia (área em qual sou formado e atuo como professor). Quantas pessoas realmente podem saber do seu choro, das suas dores? Com quem realmente você pode contar na hora que a coisa apertar? Para quem você pode ligar na madrugada para desabafar?
Pense nisso, eu realmente não sei o que se passa pela sua cabeça agora, muito menos tenho alguma resposta pronta, talvez você precise trocar seu círculo social, de emprego, no relacionamento conjugal, trocar, mudar, tal como um circo muda de cidade quando a demanda de público não atende as expectativas.
Para nos caminharmos para “os finalmentes” desse texto, há ainda os conservadores extremistas que enfatizam que “Homem não chora!”. Esses mal sabem o mal que estão produzindo em seus filhos, educando-os assim, represando as emoções e gerando futuramente doenças psicossomáticas como já dizia o pai da psicanálise: Freud.
Somos humanos, humanos são seres racionais e emotivos. Pense em tudo que escrevi; em tudo que você leu e não se apresse a tirar suas próprias conclusões. Um forte abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial