O Brasil chega aos 14 meses de pandemia. O brasileiro teve de se reinventar e realizar uma série de adaptações no seu dia a dia. Adotou posturas de maiores cuidados com essa nova rotina imposta, tanto no âmbito mental como no físico. Uma pesquisa feita pela Hibou – empresa de monitoramento de mercado e consumo – indica que mais de 60% dos brasileiros pretendem continuar em home office após a pandemia. Eventos on-line, encontros virtuais e compras pela internet são outros hábitos que deverão ser mantidos.
No total, 2.824 brasileiros responderam à pesquisa de forma digital, entre 25 e 31 de abril de 2021, garantindo resultado com 1,84% de margem de erro. A pesquisa engloba todo o Brasil, níveis de renda ABCD e todas as faixas etárias.
“De forma geral, muitos hábitos bacanas serão mantidos. As compras pela internet continuarão sendo muito utilizadas. A saúde física e mental segue com peso maior nas prioridades do dia a dia, assim como a interação maior com a família e pessoas que amamos. Empatia e ajuda ao próximo devem se manter presentes, já que 98,8% das pessoas que doam cestas básicas vão manter essa iniciativa após a fase de isolamento”, explica Ligia Mello, sócia da Hibou, e responsável pela coordenação da Pesquisa.
O home office foi uma grande mudança comportamental no novo normal dos brasileiros. Dos entrevistados, 57,7% trabalham em casa e 64,8% deles devem manter o mesmo regime de trabalho no futuro. Uma parte de 81,1% fica grudado no celular o dia todo e, desse total, 72% pretendem manter o hábito.
As atividades e ferramentas digitais de integração social, principalmente no trabalho e na hora de se distrair, foram desde o início e ainda são importantíssimas para a saúde mental da população nesses tempos difíceis. Dos 80,6% que se divertem com amigos no whatsapp, 97,8% continuarão brincando nos grupos. Para quem participa de eventos on-line de lazer e negócios (56,2% dos entrevistados), reuniões virtuais (57,5%) e reuniões de família pela internet (39,3%), respectivamente, o valor de continuidade dessas atividades é 84,3%, 83,4%, 63,5%.
Com toda essa mudança, a compra pela internet se tornou a salvação para os varejistas sobreviverem de portas fechadas e, é claro, para que os consumidores possam ter acesso aos produtos de interesse. Dos 72,4% que fazem compras em redes de varejo on-line, 95,6% continuarão no mesmo processo, assim como os que consomem roupas e sapatos pela internet, dos 68,5% que possuem o hábito, 90,9% devem seguir com o mesmo estilo de compra.
A grande mudança ficou com os supermercados, já que aqui esse é um jeito totalmente novo de fazer compras e, dos 44,4% que já adotaram essa modalidade, 80,2% continuam da mesma forma com o fim da pandemia.
No Brasil, a pesquisa também mostrou que, com índice de continuidade acima de 90%, no cenário pós pandemia, ainda serão hábitos atividades como exercício físico ao ar livre (58,9%), tomar vitaminas diariamente (58,3%), meditação (28,2%) e faxina residencial (91,6%). Dormir mais (74%) e usar álcool gel diariamente (96,4%), continuarão firmes no dia a dia para 82,9% e 88,5%, respectivamente.
Uma maioria de 98,5% utiliza máscara em locais públicos fechados, e 60,7% continuarão usando com o fim da pandemia. Metade dos entrevistados pratica exercícios em casa e 76,8% devem manter o costume.
No setor de cultura, para atividades que precisam ser feitas fora de casa, o cenário não é dos melhores. Apesar de ser uma fatia pequena dos que possuem o hábito de realiza-las de acordo com o novo normal, ou seja, de maneira on-line, como visitar museus (21%), assistir a peças de teatro (16,2%) e fazer cursos (64,2%), em todos os três casos, mais da metade continuará com a prática sem cair de casa.
Os números são bons para o streaming. Dos que assinam três ou mais serviços (41,9%), 79,5% devem continuar com as assinaturas. Outras atividades devem se manter forte com o fim da pandemia é a leitura de livros e revistas (99%), dos que fazem maratona de seriados (96,8%), jogam pelo celular (94,2%), ouvem podcasts (93,8%) e jogam games de console (88,85).