Na última sexta-feira, dia 23 de abril, celebramos uma data muito especial, data na qual sou apaixonado, mas que infelizmente é pouco lembrada e celebrada pela sociedade atual: o Dia Mundial do Livro, data esta escolhida pela Unesco por ser a data de nascimento de três grandes nomes da literatura mundial, são eles Willian Shakespeare, Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega.
A data é especial para mim, pois desde meus 15 anos amo ler, mas infelizmente minha família nunca se interessou pelo hábito da leitura e o maior incentivo que tive foi de uma brilhante professora de português chamada Silvia, ela sim sempre nos cobrava e incentivava tal hábito.
Livros de literatura clássica, romântica, nacionais, internacionais, poemas…Tais perfis de livros me encantam pela riqueza de detalhes, e os detalhes fazem toda a diferença na hora de você se comunicar com alguém, na hora de expor sua argumentação cativando assim seu interlocutor.
Além da literatura também passei a ler e colecionar livros de auto-ajuda, tendo em mente que eles poderiam me ajudar a me desenvolver (o que acabei por desacreditar de tal “poder” atualmente, estando um tanto quanto cético em relação a isso), mas é sempre válido lembrar que ler é um hábito, ler é como dar um passo de cada vez até… Até… Bem, pouco importa a chegada, o que importa é ler, não há um ponto de chegada onde lhe permita dizer algo do tipo: “- Eu sei tudo” ou “- Eu já li tudo!”
A grande dica que eu posso dar a você é: leia um livro de um tema que lhe chame a atenção, isso ajudará a fazer com que você tenha sua atenção presa nele. Aliado a essa dica complemento: não se cobre por terminar os livros, nem sempre é necessário, ainda mais se você não se identificou com a proposta do autor, isso será torturante, além de levar em conta que nem todos os livros são escritos em forma de histórias, muitas das vezes os capítulos são “soltos”, o que na filosofia chamamos de ensaios.
Ensaios são subjetivos e descompromissados e ao ser inseridos em um livro, um capítulo não necessariamente tem ligação alguma com os demais, possibilitando assim você ler alguns sem ter o compromisso de ler o livro todo.
A ideia de ensaios advém da filosofia de Michel de Montaigne, grande escritor francês, filosofia que, aliás, é minha paixão. Fui seduzido por ela no Ensino Médio e me deixei seduzir, me tornando assim professor de tal disciplina. Recordo-me que na graduação tínhamos uma lei entre os estudantes de filosofia, éramos regidos por uma única lei: a Lei tura! (liberdade poética).
De tanto ler, senti a necessidade de expor o pouco que havia acumulado, de forma oral e escrita, foi onde comecei a escrever em jornais, colunas de sites como esse e em livros. Desde 2015 já somo 6 livros, com diversas temáticas (caso se interesse por conhecer cada um deles, acesse o Instagram @institutopontes_oficial).
Ler só tem a agregar, nunca ouvi alguém dizer que tenha se arrependido por ter lido algum livro, ler aumenta a criatividade, o vocabulário, a sagacidade, o senso crítico, ler é um grande anti-depressivo!
Termino pedindo-lhe de todo o coração: incentive seus filhos a lerem desde pequenos, eu sei que estamos adentrando na era digital e que ela traz consigo prós e contras. Não quero me ater nisso aqui, mas certos autores e seus clássicos literários são imortais, nada substituirá o cheiro do papel, mas se mesmo assim você insistir no argumento da era digital vá, e leia as obras de modo digital.
O que importa é ler, leia! A leitura te enriquecerá, mais cedo ou mais tarde, pois na hora em que te deixarem falar… Irão se assombrar com sua capacidade intelectiva, lógica e argumentativa e, certamente você não será visto como “mais um na fila do pão”!
Thiago Pontes é filósofo e especialista em neurolinguística (PNL)