Ao ler o título desse artigo qual foi sua principal reação meu caro leitor, minha cara leitora? Essa frase eu li em um para-choque de caminhão pela estrada alheia e gostaria, a partir dela, de refletir sobre a mesma. Você aceita fazer isso comigo? Ótimo, obrigado por sua companhia, vamos lá!
Vamos começar pelo termo magia como podemos enxergar como sendo uma categoria na qual foram colocadas várias crenças e práticas, às vezes consideradas separadas tanto da religião quanto da ciência, algo espetacular, inexplicável. Essa palavra me fez lembrar o famoso Mister M (o “paladino mascarado”), um dos maiores nomes dessa área. Dado o conceito de magia podemos pensar agora na relação entre pessoas e dinheiro, que tal?
“O ser humano é um animal político!”, eis aqui uma afirmação de 500 anos antes de Cristo de um dos grandes nomes da filosofia, o grego Aristóteles, sendo assim, segundo ele, nós somos por essência seres sociáveis, precisamos conviver (viver com pessoas), mas é importante salientar que o ser humano também têm desejos pelo que falta, como diria outro grande nome da filosofia, Platão (mestre de Aristóteles), segundo este: “O ser humano deseja o que não tem!”, e aqui podemos colocar a função do dinheiro.
Nem tudo na vida tem preço, há quem diga que na vida como um tudo o que realmente nos faz feliz é aquilo que dinheiro algum compra, são coisas que não tem preço, mas sim valor, são momentos… Aqui me recordo de um grande nome da filosofia alemã, Nietzsche, pois ele defendia uma teoria chamada de “Eterno Retorno”, é viver intensamente de modo a desejar que aquele instante se repita eternamente de tão bom que foi.
O dinheiro pode estar muito associado ao poder, aqui adentramos em filosofia política, segundo muitos pensadores, quem têm dinheiro em mãos, têm tudo o que precisa e terá tudo o quer. Há quem diga que dinheiro “compra pessoas”, compra aquelas que se deixam “vender”. Que por hora abrem mão de sua identidade, de seus princípios e valores para ter o que lhe oferecem. Como você interpreta essa perspectiva? O dinheiro lhe compra? Estaria o ser humano à venda?
Ao me deparar com tal frase no para-choque de caminhão fiquei a pensar sobre isso, e tal como a filosofia propõe, eu guardei aquela frase, para sobre ela refletir, sem me antecipar e defender de forma imatura qualquer conclusão que eu pudesse vir a ter sobre a reflexão dela advinda.
“O dinheiro é mágico, com ele ninguém nunca está sozinho”, há quem defenda a autonomia, a solidão, pois nelas há a oportunidade de se conhecer, de fazer-se, mas aquelas pessoas que não suportam essa condição de não ter uma companhia, de não ter com que partilhar sorrisos e/ou lágrimas, e agora o que fazer?
Comprar pessoas? Como será que é a vida de pessoas famosas e milionárias? Mal sabem que estão com elas pelo que são ou pelo que tem… Gostam de você pelo que você é ou pelo que você mostra ser, pelo que você apresenta de bens materiais?
Você reflete sobre esse tema, é do tipo de pessoa que prefere quantidade ou qualidade nos relacionamentos? Será que na hora que “a coisa apertar” na sua vida todos os seus milhares de seguidores nas redes sociais estarão aí contigo?
Eu de antemão lhe digo que no meu caso 90% sumiram, evaporaram, o tombo foi sim grande em minha área emocional dada a grande expectativa que alimentei inocentemente, mas acho que aprendi uma lição dentre as várias que a escola da vida nos ensina: esperar menos do próximo e fazer intensamente por amor, se doando sem esperar nada em troca. Reflita sobre e encontre você uma resposta para tal reflexão! Um grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL) – Instagram @institutopontes_oficial