Sabe aquela profissão que exige atenção, zelo e empatia? Pois bem eu a reconheço assim: a profissão da enfermagem. Resolvi escrever um texto sobre o Dia Internacional da Enfermagem, celebrado hoje, dia 12 de Maio. Sou suspeito a falar desse tema, pois é meu tema de Mestrado, mas tenho absoluta certeza de que ser enfermeiro (a) não se resume a conceitos técnicos, pois estão a todo o momento lidando com um ser humano, ser este que tem sentimentos, que sofre; que tem dor, que não vê esperanças, que tem família…
Quem atua com enfermagem certamente é um pouco psicólogo também, pois acaba por ouvir muitos desabafos, muitos pacientes carentes, angustiados, é aquele “ombro amigo” que todo ser humano necessita quando está carente, que tem um papel fundamental não deixando com que o paciente enfermo foque no negativo.
Estou aqui falando de um “psicoenfermeiro (a)”, pois sei bem o que é desabafar para algum em momentos de puro desespero. Eles são o braço direito dos médicos e o braço esquerdo dos pacientes, direcionam nosso olhar para opositivo e isso não tem preço, nos nutrem com soro e com esperança. Usam de razão para sossegar nosso desespero e usam da emoção para quando precisamos de amparo emocional.
Não poderia deixar passar em branco a linha de frente que atuou e vêem atuando no combate à Covid-19, estes profissionais, que também são humanos, que não mediram esforços para auxiliar os que mais precisavam, mesmo correndo o risco do contagio, lá no início principalmente, e ainda agora, mesmo tendo tomado a vacina.
Profissionais que também são humanos, que possuem famílias, que são filhos de idosos, que são pais e mães de crianças e que em alguns casos ficaram sem ver os entes queridos por semanas e meses para minimizar qualquer risco de contágio do maldito vírus.
Parabéns a vocês que fazem toda a diferença em nossas vidas, sejam com técnicas profissionais, aplicando uma injeção sem machucar (como diria minha mãe), seja atuando como um profissional que ouve e aconselha de modo informal. Mesmo que uns ou outros menosprezem o trabalho de vocês não se deixem abalar.
Só Deus sabe o que vocês passam para tentar salvar a vida de algum paciente em pleno estado de urgência, sangrando, e quando o perdem ainda tende levar esse impacto emocional pra casa, mesmo não querendo e precisando saber separar o profissional do pessoal, para que uma perca de um paciente não lhe impeça de sorrir e brincar com seus filhos. Parabéns!
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL)