Em Valinhos está ocorrendo, em parceria com outras cidades vizinhas, o “Expresso Vale das Frutas”, que apenas para contextualizar o tema de nossa reflexão dessa semana, trata-se de um passeio de trem, trem este que explora lindas paisagens, parando em algumas estações localizadas em cidades conhecidas por uma fruta específica típica da agricultura municipal. A partir dessa introdução creio que seja válido trazer uma belíssima frase de um dos mais renomados escritores brasileiros, Paulo Coelho, que disse certa vez: “- A vida é o trem, não a estação”. O que acha de não me abandonar nessa reflexão e continuar junto a mim nas linhas que se sucederão? Vamos lá!
Na vida há quem opte por se acomodar, seja lá em situações agradáveis e cômodas, seja lá em situações desagradáveis, lastimáveis e indesejadas…
Muitos se sentem impotentes, se veem sem saída, não conseguem escutar palavras de amparo e orientação advindas de quem lhes ama e que podem mudar sua trajetória de vida, partindo de um simples passo. O primeiro passo diga-se de passagem é o mais importante de todos! Não é um passo maior do que a perna, mas um passo que lhe possibilite sair do lugar onde esteja buscando trilhar novos horizontes.
É justamente nesse momento que podemos usar a analogia do trem, não o das onze como queria o saudoso Adoniram Barbosa, ícone da cidade de Valinhos, mas o trem da vida, um veículo que até para, mas não se acomoda, um trem que repousa por algum tempo numa determinada estação e, se quiser estender ainda mais a analogia, entenda estação como as que temos no ano: ora estamos na Primavera, outrora no Verão, com árvores cheias de flores e folhas, mais adiante nos deparamos no Outono onde elas caem e chegamos ao Inverno onde muitas ficam sem nenhuma folha sequer.
Estações que passam; momentos que passam; estações que ligam trajetórias, rotas e percursos.
Há quem escolha por culpar os outros, pessoas, autoridades o universo, Deus, há quem assuma a responsabilidade que lhe compete. É vida, é tal como uma viagem na qual sugiro não levar o que não seja necessário e que em tal viagem possamos estar cientes de que haverá sol e chuva, calor e frio, lindas paisagens e lugares horripilantes. Ouviremos palavras de incentivo e críticas infundadas…
Vale ressaltar que em tal viagem cabe a cada um interpretar a paisagem que vê, o som que ouve, o momento que vive, como sendo um problema ou uma oportunidade.
Esta não é uma reflexão rasa de autoajuda barata, lembre-se de que você é humano (a) e que pode sim se entristecer, chorar, se desanimar, sentir-se sem um Norte, mas não permita que tais emoções dominem sua essência.
A vida é como um trem, não como uma estação, você passa por elas, mas a opção de permanecer em alguma é sua! Grande abraço.
Thiago Pontes é filósofo e neurolinguista (PNL)