Uma brincadeira sem graça – uma falsa comunicação de crime – tumultuou a noite deste domingo no Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas. Um passageiro denunciou que carregava uma bomba. A informação era falsa e ele foi preso pela Polícia Federal (PF).
A Aeroportos Brasil Viracopos, concessionária que administra o complexo aeroportuário, informou que o voo afetado foi o AD4727, da companhia aérea Azul e que tinha como rota a cidade de Cascavel, no Paraná.
De acordo com a concessionária, todos os procedimentos de segurança foram adotados e foi averiguado que a ameaça era falsa.
Após verificar que não havia explosivo no avião, o voo foi remarcado ainda para a noite de domingo e os passageiros seguiram viagem normalmente. O passageiro responderá judicialmente por atentado contra a segurança de transporte, que tem pena prevista entre 2 e 5 anos de reclusão.
O que disse a Azul
A Azul informou que precisou cancelar o voo AD4727 que iria de Campinas para Cascavel devido a um “cliente indisciplinado”. A companhia lamentou os transstornos e ressaltou que procedimentos como esses são necessários para garantir a segurança de suas operações. “Os clientes receberam toda a assistência necessária, conforme prevê a Resolução 400 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)”, finalizou a Azul, em nota.
O que informou a PF
A Polícia Federal foi acionada pelo operador aeroportuário para ocorrência envolvendo passageiro já embarcado em voo cujo destino seria a cidade de Cascavel (voo 4727) por volta das 17h30. O passageiro dizia estar com uma bomba a bordo.
Segundo a PF, em contato direto com o comandante da aeronave, para avaliar o nível de ameaça, todo o protocolo de acionamentos de segurança foi realizado.
“Foi pedido ao comandante para identificar o passageiro e informar se o mesmo estava acompanhado ou não, e o que teria consigo além do pacote que ensejou o questionamento por parte do comissário”, aponta nota da PF.
Após o preenchimento do “Termo de desembarque Compulsório” pelo comandante da aeronave e a saída espontânea do passageiro, foi solicitada pela Polícia Federal a presença de um ETD (detector de traços explosivos) móvel, com o intuito de realizar inspeção nas bagagens de mão, antes de manuseá-las e antes de se tomar qualquer atitude a respeito de um eventual acionamento de AAR (Assessoria de avaliação de risco).
Todas as bagagens de mão do passageiro foram identificadas e retiradas da aeronave para inspeção, acrescentou a PF.
Após certificar-se da segurança do voo, a PF desmobilizou todas as estruturas e equipes de segurança, e o passageiro foi encaminhado às dependências da Polícia Federal do aeroporto, e depois à Delegacia de Campinas, por volta das 21h, onde foi autuado em flagrante pelo crime de atentado à segurança do transporte aéreo, cuja pena varia entre 2 e 5 anos de prisão (art. 261, CP).